Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

A Faixa de Gaza, do Brasil, da Paraíba e a luta de classes


24/07/2014

Foto: autor desconhecido.

{arquivo}O Mundo anda assustado com dois dramas de forte contexto político a caracterizar mais novo Conflito ideológico – a crise da Ucrânia/Criméia/Rússia / Europa, bem como a Ofensiva brutal de Israel contra alvos civis Palestinos a ferir de dor profunda os olhos da Humanidade. São realidades de cultura de Domínio sob inspiração Econômica, mas tratadas como elementos de raça/etnias, da mesma forma com que o Brasil se prepara para conviver com a eleição presidencial e nos Estados deste ano sob essa inspiração conflituosa. A Paraíba “velha de guerra” está minimamente neste contexto, sem entender bem o que se passa lá fora e, míope, não enxerga nem dimensiona a retomada do mais forte enfrentamento de classes dos últimos tempos.

O caso da Faixa de Gaza, mesmo com limite territorial conhecido, traduz o enfrentamento secular de interesses de raças movidos pelo domínio econômico-financeiro ao longo dos séculos, mas agora aguçando o super poderio de Israel sobre a Palestina, como a exercer de mostra na condição de experimento o uso das novidades armamentistas do segmento mais forte no mundo com alta tecnologia, agora em nome de valores conceituais traduzidos em enfrentamento contra rebeldes sanguinários.

Ninguém de bom senso concorda ou aplaude as ações radicais das organizações Fatah e Hamas quando se insinuam em represália com bombardeios, mas nem mesmo essas manifestações podem gerar de argumento plausível a ofensiva contra civis por parte de Israel nem ignorar o direito dos Palestinos de constituírem seu Estado reconhecido mundialmente.

No frigir dos ovos, as cenas de choque aos preceitos Humanistas têm no fundo a guerra entre o Poderio econômico e o que resta tentando sobreviver com Estado impedido de viver em terras que já foram suas.

É predomínio do muito forte contra o fraco, mas com inspiração econômica e ideológica.

O CASO BRASIL É DA AMÉRICA LATINA

{arquivo}Nos últimos meses, o País viveu sacudido por ondas de denúncias de malversação dos recursos públicos, a crise em serviços básicos como saúde e transporte público, alta exposição de descontrole econômico da política exercida pelo Governo Federal e até uma projeção de fracasso da gestão da Copa do Mundo. Este cenário propunha e entendia o ano de 2014 como época de pré “Guerra Civil” desaguando nas eleições, tanto quanto nas de outros países da América Latina. É o antigo interesse externo de predominar sobre as Nações, inclusive o Brasil, só que depois da ascensão do Governo do PT esta condição passou a inexistir.

Como síntese, todas as forças conservadores e anteriormente dominantes do País, resolveram cair em campo para tentar retomar o Poder, o Governo Central.

“Mutatis mutandi” esta é a contextualização nua e crua do que acontece no Brasil há meses desaguando no enfrentamento entre o projeto de reeleição de Dilma Rousseff e o do mineiro tucano Aécio Neves. Há muito discurso ético, bla bla bla, a existência de um novo nome no contexto presidencial, no caso Eduardo Campos, mas no frigir dos ovos a disputa pra valer é entre posturas e olhares ideológicos de conduzir o País nas relações internacionais.

{arquivo}Quando o Horário Eleitoral começar esta fase de enfrentamento será aguçada com pessoas ligadas à Oposição dispostas, muitas até manipuladas, vão se dispor ao confronto que, certamente, terá contra-reação do legado de Dilma/Lula, sobretudo na Midia, no rádio, TV e redes sociais expondo o significado dos dois projetos antagônicos na direção do futuro.

Quem comandou toda a historia do Brasil por séculos e se vê desprovido de alternativa e/ou argumento de contra-ponto mais forte do que a ascensão social existente nos últimos dez anos certamente que tudo fará dispondo de muita capital (grana) externa para tentar retomar o Poder, na atualidade nas mãos competentes e de resultados do legado Lula/Dilma.

No mais, tudo é firula e argumento pra boi dormir.

PARAIBA PEQUENINA

Há no Estado um enfrentamento que se pauta muito mais pelo estilo e resultados contemporâneos em torno do Governo Ricardo Coutinho do que por qualquer outra questão. Claro que haverá enfrentamento entre PT e PSDB também afinado com a disputa nacional, mas o forte mesmo na aldeia são os interessados localizados.

A grande batalha nacional, de Poder mesmo, por incrível que pareça está em segundo plano na Paraíba, condição essa que deve refletir na nossa influencia futura de relações institucionais com o Poder Federal.

Em síntese, a grande batalha nacional ainda está desapercebida pelos atores políticos locais.

ÚLTIMA

“Onde houver dúvidas/ que eu leve a fé…”


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