Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

A exclusão e o 1o de Maio


01/05/2007

Foto: autor desconhecido.

Em pleno primeiro de Maio, de aparente acomodação social, indaga-se: está o Governo Lula pondo em prática a base e princípios do que tanto defendeu quando na Oposição? Será ele o formulador com resultados práticos de medidas que mexam e diminuam a desigualdade social? Na escala estadual, o que dizer do governo Cássio, o mesmo de governos municipais, como os de Ricardo Coutinho e Veneziano Vital?

A rigor são planos de análise distintos com histórias e aparatos diferentes produzindo efeitos na mesma proporção. No caso Lula, se for levado em conta o discurso acre dos momentos sindicais, lá atrás, é evidente que o presidente de agora está longe da radicalidade e, por isso mesmo, não atende aos interesses do sindicalismo duro e partidos radicais – afeitos à defesa da tomada de poder do operariado ainda com base no marxismo.

Mas, em que pesem, os registros de quantidade muito alta ainda de brasileiros em escala social sofrível, o governo Lula tem produzido movimentos reais de acatamento de políticas na direção dos mais humildes da sociedade com resultados surpreendentes, segundo as estatísticas, fazendo a migração de classes sociais.

No caso do Governo Cássio, o questionamento existente hoje se foca muito mais em classes sociais da média para um pouco acima do que entre os mais pobres, pelo menos foi isso o que apresentou recente pesquisa do Ibope.

Mesmo assim a aprovação não exime o governador de medidas continuadas e urgentes na atração de mais gente para o mercado de trabalho porque, tanto no plano nacional como estadual e municipal, é a falta de oportunidade de emprego que tem aguçado o drama social e o ingresso de jovens na criminalidade.

No plano municipal, onde estão Ricardo e Veneziano, por incrível que pareça as gestões com aprovação de habitantes também se vêem na mesma camisa de força dos outros governos porque a demanda de emprego gera problema social, entretanto, quem constrói e pode resolver a questão do emprego é a iniciativa privada – ambiência onde eles pouco podem interferir, exceto com políticas de incentivo às micro, pequenas, médias e grandes empresas.

Em síntese, o Brasil, a Paraíba e os municípios ainda estão a dever muito a parcelas da sociedade vivendo hoje no aperto e, muitos deles, na miséria mesmo ávidos por medidas e/ou soluções.

Ou seja, avançamos na radicalidade democrática – sem as crises ideológicas de antes com tantos enfrentamentos graves, mas o saldo social negativo nos preocupa porquanto transforma tal condição em estimulo à violência urbana, que tanto assusta e nos invade.

E aí não tem o que fazer: é trabalhar e trabalhar mais e mais (sem meter a mão).


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