Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

A efemeridade


10/05/2016

Foto: autor desconhecido.

 

A mutabilidade do mundo nos faz ter a consciência da efemeridade da vida. Tudo nasce, cresce e morre um dia. Portanto, o privilégio de vivermos, ainda que sabendo das limitações do tempo, deve ser aproveitado intensamente. Cada instante é um momento novo.

O termo efêmero tem origem grega, “ephémeros”, que significa “apenas por um dia”. Estamos por aqui de passagem. Então, nossa vida tem um caráter transitório. Todavia, ainda existe muita gente que não se dá conta dessa verdade absoluta, esbanja oportunidades, despreza a capacidade de se fazer feliz, não valoriza seu tempo.

“Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe”, diz a sabedoria popular. Desesperamo-nos quando enfrentamos situações difíceis, esbarramos em obstáculos que nos parecem intransponíveis, sofremos dores que nos parecem infindas. Da mesma forma, nos embriagamos com os prazeres que julgamos eternos, nos iludimos com as alegrias que entendemos permanentes, nos vangloriamos com as conquistas que consideramos estáveis. Isso acontece quando não nos convencemos de que tudo é fugaz, tem curta duração, desaparece facilmente.

A sensação de poder que domina a humanidade faz com que ela ignore o fenômeno da efemeridade, e aja como se as circunstanciais forças de autoridade, mando ou posse nunca tivessem fim. Os ricos, os déspotas, as celebridades choram quando surpreendidos pelos fracassos, perdas, derrotas, insucessos, porque nunca estiveram preparados para enfrentá-los, imaginando usufruírem de glórias perenes.

Reflitamos sobre isso. O tempo passa rápido e cada minuto perdido é um ensejo desperdiçado na construção da nossa felicidade.

• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.
 


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