Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

A dura e relevante advertência do MST


25/08/2015

Foto: autor desconhecido.

As ações do MST nesta segunda-feira causaram furor, até mesmo destempero sob o olhar apressado de quem, vivendo nos bem sortidos bairros de João Pessoa, se viu impedido de ir ou vir para labuta ou lazer frente a um agrupamento de pessoas autodenominadas Sem Terra.

Em tempos de culto à intolerância contra o PT pelos resultados construídos nos 13 de redução das desigualdades, distantes dos desvios da Petrobras, Siemens, Trensalão, etc, logo tudo chega como ambiente apropriado para aliar o MST ao que há de pior no mundo.

Como no Direito, ciência de modelagem das regras dos costumes, na Sociologia também é possível fazer leituras diferentes das análises eivadas de ódios e preconceitos.

Por exemplo: o sério e reprovável incomodo dos Sem Terra nos Centros Urbanos não é a maior do que a crueldade da sociedade brasileira/nordestina/paraibana com setores do campo sem dignidade à vista quando se trata de vida real.

O Brasil de hoje, mesmo com os avanços tantos, se mantêm como a nutrir valores de "Casa Grande & Senzalas", mesmo distante da escravatura convencional, hoje expressa no preconceito de quem não aceita negro pobre ascender.

Quando "perturba" a Urbe e as elites, o MST apenas cumpre com a missão política para despertar à imperiosa necessidade de ainda tratar das questões agrárias porque ainda são os muitos os necessitados de terra para sobreviver.

O MST apenas está reafirmando que se dispõe ao incomodo até quando tomarem juízo e ajustarem as contas históricas contra os mais pobres. Por isso, o incomodo tem outro: busca de justiça social.


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