Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

A dura disputa pelos cargos federais


30/03/2007

Foto: autor desconhecido.

MACEIÓ – O clima esquentou fortemente entre os vários partidos da base aliada – mais diretamente entre o PMDB e o PT da Paraíba -, diante da disputa travada entre as lideranças dos partidos (ainda inserindo PSB, mais PTB, PR, Damiáo Feliciano e o PDT agora no governo.

O presidente estadual Frei Anastácio reverberou nesta sexta-feira o tom do que já defendia o PT, isto é, no sentido de que os aliados considerem a força do partido por sua representação nacional, critério esse não assumido pelos demais partidos.

Nos bastidores, embora poucos assumam para valer, o comentário mais freqüente diz respeito a desdobramentos entre um affair, ou seja, discussão braba entre os deputados federais Manoel Junior e Luiz Couto, exatamente pela forma com que cada um tem conduzido o encaminhamento dessa partilha.

Volto a repetir o que tinha antecipado na quarta-feira de madrugada: são 32 cargos em disputa com o PMDB e outros aliados de Lula defendendo a proporcionalidade com base no tamanho da representação federal ( Câmara e Senado) do estado e não da legenda como um todo – condição essa defendida pelo PT paraibano.

Como se diz na Torrelândia, na prática não está havendo clima de colaboração entre as partes, o que certamente terminará sendo colocado sobre a mesa do Ministro da Articulação, Walfrido Maresguia devendo funcionar como árbitro.

No caso de Manoel Jr e Luiz Couto, o caso remonta tempos atrás quando na Comissão dos Direitos Humanos o petista inseriu o deputado do PSB numa lista de mandantes de crime – fato não provado mas até hoje gerando forte magoa do ex-vice-prefeito.

Aliás, podem anotar: vai vir mais desdobramento possivelmente não agora.

Na DRT

O fato mais novo nos bastidores dava conta nesta sexta-feira que o advogado Chico Franca deve assumir a condição de delegado da DRT na Paraíba, sobretudo depois que o Ministério do Trabalho está com o presidente do PDT, Carlos Lupi.

Polari fora da disputa

Por telefone, o assessor de Comunicação da Reitoria da UFPb, jornalista Luiz Eduardo Teixeira de Carvalho, informa que improcede o comentário de que o reitor Rômulo Polari esteve envolvido na disputa da ADUF, recentemente.

Ele disse que, mesmo que algum assessor tenha se manifestado em favor de algum candidato isso nunca significaria participação do reitor, que ficou eqüidistante, afirmou.

Ainda a eleição na ADUF

Do professor Flávio Lúcio, candidato derrotado na eleição da ADUF/JP, recebemos e-mail repondo sua versão sobre comentário acerca da eleição na entidade. Eis o teor do documento:

“Caro Walter,

Sobre sua coluna de hoje, tenho a fazer apenas algumas observações que considero pertinentes:

1. A vitória por você considerada “acachapante” do grupo Adufparatodos deve ser creditada exclusivamente aos aposentados, que votaram em massa na chapa da situação (algo em torno de 350 votantes). Excluídos os aposentados (que não votam nas eleições para Reitor ou Diretor), a vitória do Adufparatodos perde completamente o seu brilho, tendo em vista que derrotaram um grupo que se articulou recentemente e lançou uma chapa montada às vésperas da eleição;

2. Além disso, é preciso considerar o discurso de direita, eivado de preconceitos políticos e montado com o objetivo de desviar o debate sobre a vergonhosa atuação desse grupo que se apoderou da ADUF a doze anos e nada de novo teve a oferecer aos professores da UFPB, a não ser a velha retórica da direita universitária, ao mesmo tempo conservadora, ao mesmo tempo sem conteúdo, contrária à atuação da esquerda na universidade.

A “denúncia” do partidarismo de uma chapa como a Adufparatodos é um oportunismo sem tamanho. Primeiro, porque sua lideranças são filiadas a partidos (Cida Ramos ao PT, Galdino ao PSB); segundo, porque a prática do grupismo, do “petit comité”, não dignifica esse grupo nem lhe dá moral para qualquer crítica nesse nível. Ora, se defendíamos a transparência radical e a democratização da gestão da Aduf, como ser adepto do partidarismo? O Adufparatodos deveria partir daí: porque não divulgam os detalhes da prestação de contas aos seus sócios? Do que têm medo ou vergonha?

3. Como você mesmo reconhece, tratando-se de eleições na universidade, “cada caso é um caso”. No CCHLA, por exemplo. Exclua o voto do aposentado, que teremos uma diferença reduzidíssima, quem sabe uma derrota política do Adufparatodos, considerando o apoio ostensivo do Diretor de Centro, prof. Lúcio Flávio, meu homônimo às avessas, à chapa situacionista e do propalado “peso” da atual presidente da Aduf naquele centro. Se eleição de Aduf fosse parâmetro para alguma coisa na UFPB, Cida Ramos já seria reitora. Mas, seu projeto parece ser mesmo querer se eternizar na Aduf.

4. Quanto a você achar que Polari saiu “derrotado” porque a nossa chapa perdeu, me parece ser esse um raciocínio forçado. Primeiro, porque não tenho conhecimento do apoio do reitor a nossa chapa, não sei sequer se ele foi votar; segundo, essa questão do apoio da reitoria depende do interlocutor de Cida Ramos: para Orlando Vilar, por exemplo, o apoio de Polari era um fato real e decisivo; para Yara Matos, a vice-reitora, professora do CCHLA, não. Não sei porque cargas d’água eu tenho que me justificar de um apoio que não houve e eu nem procurei. Eu sequer votei em Polari na última eleição! Nem sei mesmo se apoio sua reeleição…

Não sei porque você também não argumentou ainda que Luiz Couto foi também derrotado, porque, para os aposentados, foi divulgado que a nossa chapa era “de Luiz Couto”.

5. Por fim, no que diz respeito aos objetivos da nossa chapa, informo que eles foram integralmente cumpridos. Digamos que uma semente foi plantada. Para um grupo que tem menos de 3 meses, partir de 260 votos, numa eleição extremamente desigual, é muito mais do que esperávamos. Temos uma oposição organizada, e isso já nos basta por enquanto. Parafraseando uma gíria futebolística, “o Adufparatodos que se cuide, porque nós estamos na área”!
Abraços,
Flávio Lúcio”

Lista de repercussão

O portal WSCOM Online alcançou novo recorde de acesso com a veiculação da lista dos novos comissionados do governo.

Ainda falta mais da metade para ser conhecido, mesmo assim alguns cassistas andavam chateados com a ausência de pessoas próximas.

Última

“Esse jogo/ não vai ser um a um…”


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