Geral
A crise, os Governos e a CPI da Elba
07/03/2007
Mal terminou o carnaval e o tempo fechou em tudo o que é de lugar, especialmente em João Pessoa, produzindo um monte de novidades e crises nos diversos cenários a começar pela política, onde o prefeito Ricardo Coutinho vive tempo de muita turbulência manchando seu incólume passado progressista.
A crise instalada atende pelo nome de Agentes de Saúde, inimigos ferrenhos do prefeito na atualidade antes, uma parte do braço forte erguido pelo então deputado estadual para chegar aonde chegou, que é a Prefeitura.
Para se ter uma idéia, o caldo entornou tanto que agora os agentes anunciam acampar defronte ao Edifício onde mora Ricardo, na praia do Cabo Branco.
Mas, em que pese tamanho problema, o clima de vaca desconhecer bezerro também se faz ver em outras searas, algumas delas longe daqui mas envolvendo gente nossa conhecida, como é o caso da cantriz Elba Ramalho.
É que, em Fortaleza, um dos assuntos mais comentados diz respeito à CPI que a Oposição deve instalar para apurar superfaturamento na festa de fim-de-ano passado, na qual, conforme o Diário Oficial, a Prefeitura teria pago R$ 490 mil para um show de Elba Ramalho e mais R$ 150 mil de Tânia Mara.
No rolo, a empresa que detém o contrato de exclusividade das duas artistas rebateu os números e disse que Elba recebeu apenas R$ 100 mil e que Tânia Mara cantou de graça porque tinha interesse em divulgar seu novo CD.
Já a prefeitura explicou que os valores divulgados no D.O. incluíam também despesas com infraestrutura e passagens e republicou os extratos dos contratos descriminando os valores. Mas nada disso convenceu os adversários.
São dados como estes extraídos de debate em Fortaleza que mostra a inanição em que se encontra a Cultura de João Pessoa em face dos minguados recursos existentes para essa atividade, antes fundamental na vida do líder prefeito, com extensão ao espectro estadual onde o Governo resolveu coisificar toda a produção em nome das dificuldades financeiras.
Antes de entrar no mérito de nossa realidade, reforço a observação que tanto temos feito neste espaço repicando o quanto somos incompetentes e mesquinhos no trato com a produção cultural, visto que repito em Fortaleza numa festa de fim-de-ano a Prefeitura investiu mais de R$ 2 milhões, enquanto na Capital o Folia de Rua e o Carnaval tradição viveram tempo de esmolas.
E ainda vivemos dizendo que sabemos fazer cultura. Será?
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