Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

A crise na Mídia também afeta o Nordeste


19/12/2014

Foto: autor desconhecido.

{arquivo}O ano de 2014 está se encerrando sem deixar nenhuma saudade em muitos segmentos, em especial o da Comunicação, no detalhe entre os Impressos (jornais e revistas), mesmo os tradicionais. A crise na verdade afetou toda a base dos veículos da área, a partir de São Paulo, onde alguns veículos para sustentar seus privilégios geram confrontos que afetaram, como desdobramento, o mercado como um todo com a retração de negócios.

Em conversa com empresários dos diversos estados do Nordeste, com poucas exceções o ano em fase de conclusão tem servido para queixas intermináveis afetando não só os negócios com agentes públicos mas, em especial, os privados.

Em meio a esta realidade da Bahia ao Maranhão, existem dois negócios em curso: um, de negociação de diversos veículos de comunicação, como se tem evidencia envolvendo os Diarios Associados do Nordeste e o Jornal do Comércio; e outro, com a nova política que o Governo Federal vai adotar em 2015 em diante se afastando dos veículos radicais.

Para ser mais objetivo, é muito provável que as grandes estruturas de comunicação assumindo papel de Partido de Oposição – Rede Globo, Grupo Abril, Estadão, Folha, etc, tenham que rever suas estruturas e estratégias porque o Governo Federal vai fechar as portas, sem eles continuarem fazendo papel partidário e não comunicação.

Há, também, outro fator importante que é a adoção,enfim, do projeto de Regulação da Mídia – nada a ver com censura, mas de modos econômicos do setor existir. Todos os grandes países do mundo já se resolveram nesta questão, agora chegou a vez do Brasil.

NEGOCIAÇÕES EM PERNAMBUCO
Embora com desmentidos sistemáticos de parte dos envolvidos, o fato é que tem crescido a onda ou sério de boataria dando conta que o grupo Hap Vida do Ceará está em negociação para comandar os veículos dos Associados em Pernambuco, Paraiba e Rio Grande do Norte.

Embora com desmentidos, esta operação anda cada vez mais avançada.

Neste nível de comentários também está o Jornal do Comércio – principal referência de jornalismo impresso sob a batuta do mega empresário João Carlos Paes Mendonça, que estaria em negociação com o empresário José Janguiê, da área de Educação.

A assessoria de Imprensa do empresário negou mas o mercado insiste em manter a informação como procedente.

Vamos aguardar, é o que resta.

CONCEITOS E MERCADO NORDESTINO
Da mesma forma que em nivel nacional poucas familias comandas a Grande Midia, nos Estados do Nordeste em geral não é diferente. Basta mapear rapidamente para constar que ACM tem a Globo e o Correio da Bahia, os Sarney comandam a afiliada da Globo e o principal jornal do estado; idem se dirá de Collor em Maceió, Henrique Alves no Rio Grande do Norte, os Jereissati no Ceará, etc.

Ao longo da história, o comando da Comunicação sempre esteve com os Políticos e poucos empresários, mesmo assim nas duas situações a força da política partidária e dos Governos sempre se fez maior do que o mercado livre como pretenso.

Esta é a realidade que faz a informação ser um patrimônio cerceado, monitorado e em muitos casos manipulados a serviço do Poder de plantão. Não é diferente da Grande Midia, que se traveste de uma fleugma utópica de liberdade de expressão, somente visivel aos desinformados da força e manipulação produzida pelos Meios.

A REGULAÇÃO PRECISA EXISTIR
Há uma articulação da Grande Midia de relutar e não aceitar a Regulação do setor na parte econômica, nunca do teor essencial e constitucional de se ter garantida a Liberdade de Expressão,entretanto, um grande setor como este envolvendo Bilhões de Reais não pode estar majoritariamente apenas em 5 familias no País.

Não há nenhum País no mundo a tolerar tamanho Oligopólio em poucas mãos, dai a importância do Governo Federal assumir seu papel de resolver de vez esta realidade inaceitável de agora para florescer uma nova relação econômica e de poder no setor.

ÚLTIMA
“O olho que existe/é o que vê…”

 


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