Cultura
A crise a envolver Folia de Rua com novo modelo de Via contestado; PMJP, gestão da Folia e a turma do Axé precisam sentar e ajustar harmonização
24/10/2023

Muriçocas do Miramar no Folia de Rua, prévia carnavalesca em João Pessoa
Desde a publicação no Semanário Oficial de João Pessoa de norma criando a Via Folia na Avenida Epitacio Pessoa, do fim-de-semana para cá, delegando a poucos blocos a gestão do espaço público sem a participação efetiva da Associação Folia de Rua, de Ambulantes, etc, o tempo escureceu com reações de diversas ordens atingindo em cheio a proposta do vereador HBE.
A Impressão de quem conhece a fundo todo processo de formatação da Via Folia no caso ignorando a história anterior da Associação representante de 34 blocos, e não só de 7 ou 8 blocos – a maioria ligada ao Axé Baiano – traduz a pressa ao mesmo tempo força da gente influenciada pelo modelo baiano ignorando a importância de negociar, discutir e alinhar interesses comuns, envolvendo quem tem mais história, inclusive, com outros modelos de carnaval.
O fato é que, visivelmente, os blocos com apelo do Axé já interferiram fortemente no modelo original do Folia de Rua há tempo quando tiraram a abertura no Centro Histórico na sexta-feira para abrigar o bloco de Bell implodindo o conceito e importância dos pequenos blocos históricos. Esvaziou -se assim o modelo da abertura original.
Diante da realidade posta, o prefeito Cícero Lucena tem tudo para recompor o processo diante de tantos vetos adotados e até necessidades concretas do projeto abrigar previsão para que a Associação Folia de Rua possa gerar captação de recursos, participar da gestão da Via Folia e do camarote comumente administrado pelos blocos da entidade.
Sem tirar nem por, ainda há espaços para negociação diante da visível intenção de parte dos blocos de querer faturar em detrimento da valorização do projeto de cultura popular mais expressivo da Capital do Estado. Mas é preciso, de fato, conviver com a auto sustentação da Folia.
O prefeito, sensível, tem tudo para ajustar em tempo os entendimentos com bom senso das partes abrigando os vários interesses, logo harmonizando-os. Em sendo assim, quem ganha mesmo é João Pessoa.
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