Vamos refletir um pouco sobre a audácia, não no seu sentido negativo de atrevimento, sem respeito aos limites das regras sociais. Mas a audácia vista como qualidade, coragem de realizar algo considerado difícil, sem o receio das consequências, embora na consciência dos perigos a serem enfrentados.

É importante a atitude audaciosa em determinados momentos da vida. No entanto, não podemos desprezar a capacidade de discernir as oportunidades de agirmos ou aguardarmos o instante mais adequado para atuarmos, ou até de recuarmos quando percebemos que a ação torna-se uma imprudência.

Ser audacioso é vencer a timidez, o medo, o desinteresse. É ser impetuoso na determinação de ir em busca do que quer. Não se acovardar diante das situações de risco. A audácia exige intrepidez, arrojo, afoiteza. Os gestos caracterizados pelo temor demonstram fraqueza, personalidade própria dos que se amedrontam frente às dificuldades. Ser apontado como audaz, quando da manifestação de impulsos objetivando realizar empreitadas temerárias, é postura que merece ser considerada como virtude.

Atirar-se com audácia, em alguma tarefa, representa dizer que a pessoa acredita em si mesma, não se intimida com embaraços, porque conhece suas próprias aptidões e, por isso, decide adotar procedimentos tidos como façanhas, proezas. Sejamos, então, ousados quando preciso, mas sem perdermos a noção de responsabilidade do que pretendemos fazer.

• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.