A esta altura do campeonato os vários fatos construídos pelos partidos e lideranças políticas já projetando a possibilidade de candidatura ao governo do senador Veneziano Vital (MDB), deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) e do multimídia Nilvan Ferreira (PTB/PL) terminam por gerar incômodos à pretensão de reeleição do governador João Azevêdo porque até o partido (Cidadania) ele não tem garantia de apoio.

Embora repita posição de voto na candidatura de Lula, mesmo assim incomoda ao governador ver parte dos personagens da cena Vené, tipo Vené, Ricardo Coutinho, Luciano Cartaxo dialogando com o líder petista, mas até agora sem conversa entre ele e Lula, enquanto o senador fala em ter esse apoio.

Antes de examinar o caso Veneziano, leve-se em conta que a falta de definição do governador, inclusive na disputa para o Senado, além de burburinhos frequentes nos bastidores dos parlamentares aliados relatando impaciência pelas indefinições, terminam por afetar também o atual estágio do chefe do Executivo.

CASO VENÉ

A cada dia surgem informes a sinalizar candidatura do senador, mesmo sem anúncio oficial, da mesma forma em que o governador precisa definir futuro partidário urgentemente em cenário no qual só um movimento na direção do MDB seria o “impossível” recompondo relação estragada por influência de personagens de fora da Paraíba.

Há em São Paulo, contudo, de onde Lula comanda a pré-campanha, admissibilidade de mais de um palanque na Paraíba e, ainda, projeção de reunião com João Azevedo, embora a demora gere muito desconforto ao governador.

Na prática, João tem governo aprovado acima dos 60% mas com projeções eleitorais ainda sem passar dos 40%, por isso mesmo os movimentos existentes gerando até críticas ao núcleo duro do governo – tudo isso produz desconforto para somar mais e vencer.

João Azevêdo precisa, de fato, tomar providências nos próximos tempos.