Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

A alarmante ameaça social do “crack”


02/09/2016

Foto: autor desconhecido.

 

A sociedade moderna está em pânico e pede socorro. Uma aura de horror se estabeleceu entre nós. O medo toma conta das famílias brasileiras, assustadas com o poder avassalador dessa droga chamada crack. Estamos caminhando para algo que pode ser classificado como genocídio. Há uma profunda crise social e nos sentimos impotentes ante essa estarrecedora realidade.

O crack se faz presente em todos os ambientes de nossa convivência social e é aí que reside o grande perigo. As famílias são surpreendidas com o vício invadindo seus lares. Gerado pela cocaína, o crack chegou para arrasar gerações que buscam sensações diferentes, principalmente jovens que por inexperiência se aventuram em conhecer o seu efeito. E então acontece o pior, a dependência da droga se afirma na primeira vez que fuma. Mata os seus usuários, traz a ruína para muitas famílias e contribui para o aumento da criminalidade.

As consequências nocivas do seu uso são tão fortes que os traficantes não integram o grupo de viciados, porque conhecem o seu potencial destruidor.
O crime organizado vem investindo pesado no seu tráfico. Ele está nas grandes e pequenas cidades, nas periferias e bairros nobres, é uma praga que se alastra numa velocidade impressionante.

Ao vermos reportagens que mostram as cracolândias nos estarrecemos com aqueles cenários. Homens e mulheres, jovens e idosos, maltrapilhos, sujos, descabelados, desdentados, perambulando pelas ruas, sem sono e sem fome, como se fossem zumbis. É um quadro desolador.

O desafio de enfrentar essa chaga social não é exclusiva dos poderes públicos, da polícia ou da medicina, mas sim de toda a sociedade. Claro que clamamos por políticas públicas de combate ao império do crack , tanto no que digam respeito à área curativa, quanto na sua repressão, e mais ainda, na prevenção, onde reside a raiz do problema. No entanto, há que incorporarem nessa luta, todos os setores organizados da sociedade civil, igreja, escolas, empresas, sindicatos, etc. Os pais devem ficar cada vez mais atentos ao comportamento dos seus filhos, se permitindo assim agir a tempo quando ameaçados pela intervenção maléfica da droga na sua família.

É triste ouvir relatos, tanto de viciados, quanto de seus familiares, narrando a tragédia em que se viram vitimados. Pais de drogados se condicionarem a pagar dívidas contraídas por seus filhos, por medo de represálias dos traficantes. Algo inimaginável há algum tempo atrás.

O importante é unirmo-nos nessa batalha. Não podemos perder essa guerra, do contrário seremos todos tragados pelo seu poder de destruição

 

 

 


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