A inauguração do Hotel Tambaú estimulou o surgimento de muitas opções de divertimento em João Pessoa no verão de 1973. . A indústria do turismo ganhava movimento, tanto na vida noturna, quanto no lazer relacionado a bares e restaurantes. A orla era o local de preferência dos empresários do ramo.

A grande novidade, no entanto, foi a abertura do bar, restaurante e boate “Caravela”, na praia do Bessa. Um projeto que chamou a atenção pela ousadia. Sua principal atração eram os shows de striptease que a casa oferecia diariamente. Seus proprietários, Eudoro Chaves e Mário Cartaxo, trouxeram de São Paulo a striper Monalisa que fazia duas apresentações a cada noite. O striptease deixou de ser espetáculo exclusivo das boates do meretrício, passou a ser programa social da classe média, sem preconceitos e sem conotações de algo fora dos padrões da moralidade. O público comparecia para assistir um show artístico. A animação musical ficava por conta do conjunto de Sampaio. Foi um sucesso, ambiente lotado sempre.

Na praia do Poço a “Senzala” dos irmãos Fábio e Sérgio Smith tornou-se uma das preferências da juventude. O sonoplasta Bareco comandava as noitadas da boate. Seu restaurante se destacava na oferta de un cardápio especializado em frutos do mar.

Com o fechamento do Asa Branca, em seu lugar, foi aberto o “Boiadeiro”, que passou a ser o “point” dos artistas, intelectuais e politicos. Para o lado do Cabo Branco as baladas eram na boate “Marisco”.

Dá para se ter uma idéia como nossa capital vinha se transformando, adquirindo ares de metrópole. Vivíamos então uma agitada movimentação no campo do entretenimento, com opções que atendiam os mais variados gostos.

• Integra a série de textos “INVENTÁRIO DO TEMPO II”.