Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

A aflição


01/03/2015

Foto: autor desconhecido.

 

Quando a aflição se instala em nossa vida, os problemas parecem insolúveis. Vivenciamos um sentimento de agonia que afeta o estado de espírito. Sentimo-nos perdidos, intranquilos, desassossegados. E o nosso interior clama por ajuda. Nessa hora, sabemos recorrer a Deus.

Será que a dor de uma aflição é provocada para que nos lembremos de que Ele existe? E aí termos a certeza de que só Ele é detentor da capacidade de nos acalmar e encontrar o caminho da solução? A aflição é uma provação? Faz parte do plano estratégico de Deus para nos aperfeiçoar, nos levar à maturidade? Na Bíblia, em João 16:33, Jesus diz: “No mundo tereis aflições. Mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”. Precisa exemplo maior?

O ensinamento evangelizador nos conforta no instante em que o nosso viver experimenta um transtorno emocional. É a aflição assumindo seu papel pedagógico. Ao sermos ameaçados, direta ou indiretamente, na nossa paz, nos excedemos em preocupações, potencializamos nossas ansiedades, superdimensionamos nossos medos. Só Deus nos oferece o reencontro com a sensação de calma.

A aflição nasce das expectativas humanas construídas por desejos e aspirações. Um desgosto, adversidades, um sonho desfeito, o enfrentamento de circunstâncias complicadas, o receio de que algo possa dar errado, são fatores que promovem esse sentimento de aflição que atormenta a todos nós. E tem a força de nos paralisar, tanto física como mentalmente.

Esse sentimento torturante ataca com muito mais domínio a nossa alma no silêncio das madrugadas. A solidão nos leva a acreditar que ninguém está solidário com nossa angústia. O aperto no coração se faz mais intenso. Não há outra forma de encontrar socorro, se não buscá-lo em Deus.

O que precisamos compreender é que na vida tudo passa inclusive as aflições. Embora, quando estamos com a nossa alma aflita, tenhamos dificuldades de entender isso.

* Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.


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