Geral
50 anos depois
08/10/2007
Foto: autor desconhecido.
Para a geração de Rafael (meu neto)
O olhar retrovisor no passado atesta no presente: a luta pela vida tem valido à pena, não só pelos resultados visíveis aos olhos, mas pela riqueza acumulada do conhecimento diante da assegurada seqüência temporal e humana em torno de nossa gente familiar. Está claro, portanto, que é o elemento da melhoria da família o grande ganho.
A nossa trajetória nestes 50 anos, a partir dos primeiros passos no bairro da Torre, expõe em toda história uma essência básica: é a educação o fator fundamental para mutações sociais permitindo a ascensão econômica de quem, por acaso, convive com adversidades desde a infância.
O saldo de toda uma vida, a rigor, não se mede apenas por bens materiais, embora numa sociedade de consumo o fator econômico se mantenha como prioridade para mensuração de quem cresceu ou não. Conosco, entretanto, agrego outros fatores a partir da formação intelectual, da melhor condição conquistada em favor do padrão de vida da família, além de gerar ação transformadora calçada ao lado de valores da solidariedade.
Tanto faz nos tempos de moleque ao lado de amigos de infância, quer agora com tudo o que vivenciamos em termos de relacionamento, sempre consideramos indispensável que a condição econômica precisa estar próxima de outras conquistas e valores para gerar satisfação plena.
A sensação de conquistas, mesmo que reflita o saldo final do que somos, nem assim consegue inibir a consciência e o sentimento de saudade pela ausência de quem gostaria estivesse aqui, agora, partilhando dessa dádiva chamada vida.
Engraçado, a gente vai vivendo e convivendo com mortes físicas de gente amada, como sintetizo em meus pais, Maria Julia e Antonio Cândido (in memorian) e em amigos como Mago Vando, Sérgio Carneiro, Antonio Mariz, Humberto Lucena, Livardo Alves, etc, mas a sensação que passa depois dos tempos é de que esse sentimento de perda e morte se repete em amigos que sumiram para nunca mais voltar.
Podem até estar vivos, mas distantes, sumidos, demais permitem esse sentimento de perda ao longo dos tempos.
A hora, contudo, é de reflexão sem perder de vista o agradecimento às contribuições fundamentais de pessoas como meu irmão Duda muito importante na minha vida; a primeira professora Nini, com quem aprendi a ler o mundo, além dos amigos de todas as horas.
Devo, por dever de justiça ao que sou, agradecer de forma extraordinária à Maria Julia, responsável que foi pela contribuição dada aos momentos importantes de minha formação humana, sem a qual poderia ter me perdido no caminho.
No caminho, também devo reconhecer o sentimento de gratidão perene ao significado de Maisa, primeira companheira e razão para minha felicidade eterna materializada em Pablo e Vinicius, meus dois filhos e agora companheiros de grandes jornadas e lutas com sentidos de prosperidades à frente. Esse trio por si só já interpreta a força e importância de se viver, sem ignorar a chegada de Talline como reforço de luxo como companheira de Pablo responsáveis pela existência de Rafael mais do que neto, o futuro em si.
Tenho convivido também, confesso, com pessoas de alto valor humano e a todas elas também agradeço a força e a cumplicidade.
Tratando assim do que vivemos está evidente a importância da família e dos amigos de sempre, agora representando a todos no meu juízo por Alaíde, Dona Elza, Genival e Adalgiza Paiva, Valdina e William Travassos e seus filhos/noras amados, Crispim, Josiberto, Iran Cordeiro e Marcos Borges, entre tantos.
Mas, justiça seja feita, ninguém traduz melhor o sentimento de cumplicidade conjugal e solidariedade humana total, sem ignorar valores próprios de beleza e sentimentos, como Carla Uchoa Medeiros a retaguarda consistente para cuidar do presente e construir o futuro de perspectivas.
Carinho, amor, tesão e respeito conjugam o verbo viver e amar daí a
gratidão maior deste tempo.
Nesse mergulho superficial está evidente que tenho a obrigação de zelar pela importância de muitos companheiros de jornalismo e de cultura com quem aprendi muitas lições importantes e até chegar a representá-las na sociedade, ora como presidente da API por dois mandatos, do Projeto Folia de Rua. Achervo, etc, além das grandes lutas pela redemocratização deste pais.
Só que, nesse processo, são os nossos companheiros de empreendedorismo a síntese maior da razão, presente e futuro do Grupo WSCOM, através do Portal WSCOM Online e daRevista NORDESTE. Já são vários os parceiros/colaboradores de jornada, que aqui agradeço publicamente pelas suas existências nas figuras extraordinárias de Adriana Bezerra e Eduardo Carneiro ou de Lula e Zezinho, personagens fundamentais para nossa harmonia e retaguarda.
O fato é que, de forma mais macro, maior mesmo, agradeço o apoio que tenho recebido de muitos paraibanos e de muita gente fora do Estado razão para a manutenção da luta e das novas conquistas que, anotem, estão por vir.
Valeu!
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