Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

1968 – O ano das mudanças


10/06/2015

Foto: autor desconhecido.

Nesse passeio pelo tempo que tenho feito diariamente, rememorando acontecimentos que vivi ou testemunhei ao longo de minha existência, obedecendo a ordem cronológica, chego a 1968. Um ano mítico, revolucionário em todos os aspectos. Cheguei a escrever um livro a respeito: 1968 – O GRITO DE UMA GERAÇÃO. Nesse ano também a minha vida passou por mudanças importantes, que detalharei em crônicas a serem publicadas.

Contagiado pelo movimento cultural e político que dominava o mundo e, em particular, o meu ambiente de convivência estudantil e social, comecei a participar de forma mais efetiva da atividade política em que a juventude entusiasticamente se integrava, quando cheguei a disputar uma eleição como candidato a vice-presidente do Grêmio Daura Santiago Rangel. Era despertado para a necessidade de ganhar consciência dos meus direitos e deveres de cidadania.

Foi também o tempo em que passei a me interessar com mais atenção pelos assuntos ligados à cultura. Exercia naquele ano a diretoria de arte e cultura do Grêmio, oportunidade em que fiquei na responsabilidade de organizar um evento que durou uma semana com a promoção de palestras sobre temas diversos, concursos literários, debates sobre questões polêmicas da atualidade, exposição de artes plásticas, etc.

Em junho iniciava minha vida profissional, tendo como primeiro emprego o exercício da função de auxiliar de escrita no Banco do Estado da Paraiba S/A, posteriormente conhecido como PARAIBAN. Por conta disso, tive que transferir para o turno da noite a minha freqüência no curso clássico em que estava matriculado no Liceu Paraibano.

Alcançando a maioridade, portanto emancipado, estava liberado para sair a noite sem hora marcada para voltar. Foi o período em que conheci as opções de lazer na noite pessoense.

Então em 1968 tornei-me adulto assistindo e vivenciando as mudanças comportamentais, culturais, sociais e políticas, que o mundo experimentava. Foi um ano rico em transformações, por isso me motivei a escrever um livro sobre ele.

• Integra a série de textos “INVENTÁRIO DO TEMPO II”.

 


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