Política

Clã Bolsonaro fez 801 ataques à imprensa desde o ano passado, diz pesquisa

Levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) aponta que foram realizados mais de um ataque por dia contra jornalistas e veículos de comunicação


12/07/2022

Flávio, Jair, Eduardo e Carlos Bolsonaro (Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE)

Brasil 247

O clã Bolsonaro, composto por Jair Bolsonaro (PL) e pelos filhos, Flávio (PL-RJ), Eduardo (PL-SP) e Carlos (Republicanos-RJ), usou o Twitter para realizar 801 ataques à imprensa entre janeiro de 2021 e maio de 2022, diz um levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgado nesta terça-feira (12) pela colunista Bela Megale, de O Globo. O número corresponde a mais de um ataque diário contra a imprensa.

De acordo com a reportagem, os dados apontam que os “ataques, críticas e tentativas de descredibilização foram encontrados em 73% dos tuítes em que os membros da família Bolsonaro mencionaram veículos de comunicação, jornalistas ou a imprensa de modo geral”.

“Dos 14.918 textos de Bolsonaro e de seus filhos publicados na rede social que foram examinados, 1.097 fazem alguma referência à mídia ou seus profissionais, correspondendo a 7,3% do total de tuítes no período. Desse montante, 801 posts são ataques”, ressalta o texto.

O vereador Carlos Bolsonaro – suspeito de comandar o chamado “gabinete do ódio”, responsável por atacar adversários e críticos do atual governo por meio das redes sociais – é o recordista das agressões: das 404 postagens feitas por ele, 351 eram de ataques contra veículos de mídia ou profissionais de imprensa. O número corresponde a 86,9% das postagens feitas pelo parlamentar.

“Ele é seguido pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, que postou 510 tuítes sobre o tema, sendo 340 ataques, o que corresponde a 66,6%. Depois vem o senador Flávio Bolsonaro, que fez 121 publicações relacionadas à mídia, sendo 76 ataques, o equivalente a 62,8%. Já o presidente publicou 62 tuítes sobre a imprensa, sendo 34 ataques, ou seja, 54,8%”, destaca a reportagem.



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