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Cineastas paraibanos reforçam importância do Cine Sesi Cultural

PARAÍBA


25/05/2017



As cidades sertanejas estão recebendo, desde o último final de semana, a turnê do Cine Sesi Cultural. A partir desta sexta-feira (26) até domingo (28), as cidades de Cachoeira dos Índios e Água Branca recebem as exibições gratuitas de filmes através de projeções realizadas em locais públicos, com tecnologia e acessibilidade.

Cachoeira dos Índios é um dos pólos culturais sertanejos, desenvolvendo cineastas e atores que têm colocado a cidade no roteiro cinematográfico paraibano. Em março, a cidade recebeu a oficina de animação promovida pelo Cine Sesi, na qual os participantes aprenderam mais sobre a técnica de stop motion. O resultado foi a produção do curta-metragem "O Serrote do Quati", que será exibido na sessão de sexta-feira (26). Assista ao curta neste link: http://cinesesi.com.br/oficinas

De acordo com o cineasta Hélder Dantas, a iniciativa da oficina de animação contribui para o desenvolvimento dos talentos locais. "Os jovens se interessam muito por esse tipo de coisa e muitos deles têm talentos, mas isso muitas vezes não é explorado ou eles não têm oportunidades", afirmou. Os alunos participaram de toda a construção do curta, desde o roteiro até os cenários e a captação das imagens.

"É muito gratificante para mim estar divulgando o cinema paraibano em nossa cidade e é algo que a gente faz porque gosta, é amador mas é de coração, feito com muito esforço e dedicação. Essa iniciativa do Cine Sesi só vem engrandecer porque divulga trabalhos do Estado e do Nordeste, além de produções nacionais em que muitas vezes a população de várias cidades não teria acesso", concluiu. Hélder Dantas é diretor do longa-metragem A Botija.

Já o cineasta Wesley Caíque, atribui ao Cine Sesi a capacidade de promover o encontro das pessoas com a arte. "O cinema vai muito além de uma distração. Tem o poder de emocionar… de mudar vidas! É um projeto encantador!", exclamou.

Caíque se sente orgulhoso e morar em uma cidade como Cachoeira dos Índios, que tem profusa produção cultural. "É bom ser filho de uma cidade onde a cultura do cinema se mostra tão presente mesmo sem muitos recursos. Cachoeira dos Índios é uma cidade que não tem aquele cinema convencional das cidades grandes. Mas que tem pessoas que fazem cinema e aproximam essa arte das outras pessoas, resumiu. Wesley Caíque é diretor do curta Bem Bonzin e coordenador do núcleo da juventude na cidade.

Outro cineasta morador de Cachoeira dos Índios é Eudismar Guedes, diretor de curtas como Ciclo de Sangue, Amarga Lida e Marieta, a força da fé. Para ele, o cinema é a arte que consegue melhor tocar as pessoas. "O cinema é a arte que toca mais fundo, ela abrange desde as primeiras letras de um roteiro, até o menino do campo que assiste atentamente ao filme e em sua mente chove ideias, e em sua boca, uma enorme sede de criar, mostrar seu talento e dar continuidade à arte. O Cine Sesi não só incentiva jovens a tomar conhecimento dá área, mas também descobrir talentos ocultos que precisam de uma simples brecha para crescer e tomar proporções ainda maiores", observou.

Cine Sesi

A proposta do projeto é levar cinema a céu aberto para localidades que já não têm mais sala de exibição ou que nunca tiveram. Outro aspecto relevante é a realização de oficinas de animação para os jovens das cidades interioranas. O resultado pode ser visto na grande tela nos dias de exibição do projeto, uma superprodução do SESI-PB. “Por meio do cinema, conseguimos levar de forma ampla o sentimento, a educação e a cultura para as pessoas. Aproximando, assim, todos os povos para arte que confraterniza”, afirma Francisco Buega Gadelha, Diretor Regional do Sesi.

As projeções acontecem numa tela de cinco metros de altura por doze de largura, com som e imagem em alta definição, elevadíssima qualidade técnica e de conteúdo, no mesmo nível das melhores salas de exibição do País. A ocupação do espaço público através da arte é valorizada na escolha das pracinhas e ruas dos municípios.

O projeto realizado pelo Instituto Origami tem a curadoria de Lina Rosa, que prioriza curtas e longas-metragens nacionais com foco na excelência da linguagem em sua forma e conteúdo. Histórias que estimulem a capacidade de reflexão, o pensamento crítico e criativo e o direito de sonhar e de sorrir. “É um trabalho pela democratização do acesso à cultura da sétima arte com inclusão, respeito à inteligência do espectador e a ocupação de patrimônios históricos e naturais”, reforça a curadora.

Confira as datas de exibição nos municípios paraibanos e se programe assistir grandes filmes:

Maio
26, 27 e 28 – Água Branca e Cachoeira dos Índios

Junho
02, 03 e 04 – Manaíra e Uiraúna
09, 10 e 11 – Coremas e São João do Rio do Peixe

Julho
30 de junho a 02 de julho – Aparecida e Bonito de Santa Fé
07, 08 e 09 – Brejo da Cruz e Paulista
14, 15 e 16 – Imaculada e Tacima
21, 22 e 23 – Areia e Cacimba de Dentro
28, 29 e 30 – Alagoa Grande e Belém

Agosto
04, 05 e 06 – Arara e Bananeiras
11, 12 e 13 – Alagoinha e Puxinanã
18, 19 e 20 – Itatuba e São Sebastião de Lagoa da Roça
(O projeto terá intervalos durante o período Junino)

FILMES

Além das animações produzidas pelos alunos das oficinas da Paraíba, a programação de 2017 conta com os curtas-metragens “Sophia”, de Kennel Rogis, “Guida”, de Ricardo Machado e Rosana Urbes e “Caminho dos Gigantes”, de Alois di Leo . Os longas-metragens “O Menino no Espelho”, de Guilherme Fiuza Zenha; “Que Horas Ela Volta?”, de Anna Muylaert; e a animação da Disney “Zootopia”, dos diretores Rich Moore e Byron Howard também estão no roteiro.

O MENINO NO ESPELHO

O longa-metragem é baseado no livro homônimo de Fernando Sabino. A direção é de Guilherme Fiúza Zenha, autor do livro Meu Nome Não é Johnny. O protagonista é interpretado por Lino Facioli. Aos 10 anos, Fernando está cansado de fazer as tarefas chatas da vida. Seu sonho era ter clone, para que ele pudesse aproveitar o lado bom da vida, enquanto seu sósia cuidasse das tarefas. Um dia, é exatamente isto que acontece, quando o reflexo de Fernando deixa o espelho e ganha vida. O elenco ainda conta com Giovanna Rispoli, Mateus Solano, Regiane Alves, Ricardo Blat, Gisele Fróes, Laura Neiva, Murilo Quirino, Ravi Hood, Murilo Quirino e Ravi Hood.

QUE HORAS ELA VOLTA?

A pernambucana Val (Regina Casé) se mudou para São Paulo a fim de dar melhores condições de vida para sua filha Jéssica. Com muito receio, ela deixou a menina no interior de Pernambuco para ser babá de Fabinho, morando integralmente na casa de seus patrões.
Treze anos depois, quando o menino (Michel Joelsas) vai prestar vestibular, Jéssica (Camila Márdila) lhe telefona, pedindo ajuda para ir à São Paulo, no intuito de prestar a mesma prova.
Os chefes de Val recebem a menina de braços abertos, só que quando ela deixa de seguir certo protocolo, circulando livremente, como não deveria, a situação se complica.

ZOOTOPIA

Judy Hopps é a pequena coelha de uma fazenda isolada, filha de agricultores que plantam cenouras há décadas. Mas ela tem sonhos maiores: pretende se mudar para a cidade grande, Zootopia, onde todas as espécies de animais convivem em harmonia, na intenção de se tornar a primeira coelha policial. Judy enfrenta o preconceito e as manipulações dos outros animais, mas conta com a ajuda inesperada da raposa Nick Wilde, conhecida por sua malícia e suas infrações. A inesperada dupla se dedica à busca de um animal desaparecido, descobrindo uma conspiração que afeta toda a cidade.

CURTAS

SOPHIA
Produção de 2013, o curta do diretor e roteirista Kennel Rogis, busca por entender melhor o universo de Sophia, Joana, mãe dedicada, passa por belíssimas experiências sensoriais.

GUIDA
Produção de 2015, o drama tem direção de Ricardo Machado e Rosana Urbes, com roteiro de H. Castro, Rosana Urbes, Thiago Minamisawa . Guida, uma doce senhora que há 30 anos trabalha no fórum da cidade, tem sua rotina entediante modificada ao se deparar com um anúncio para aulas de modelo-vivo em um centro cultural.

CAMINHOS DOS GIGANTES
​Em uma floresta de árvores gigantes, Oquirá, uma menina indígena de 6 anos, vai desafiar seu destino e entender o ciclo da vida. A produção, de 2016, tem direção de Alois di Leo.

SERROTE DO QUATI
Em Cachoeira dos Índios você não irá encontrar nem cachoeira nem índios, na Serra do Quati não vai ver um Quati sequer. Mas, segundo a lenda, lá existe uma princesa a oferecer riquezas e luxo a quem conseguir desvendar o segredo das inscrições nas pedras. Você acredita nisto?

PROGRAMAÇÃO:

SEXTA-FEIRA (a partir das 18h30)
Curta Oficina de Animação "Serrote do Quati"
Curta-metragem “Sophia”
Longa-metragem “O Menino no Espelho”

SÁBADO (a partir das 18:30)
Curta-metragem “Guida”
Longa-metragem “Que Horas Ela Volta?”

DOMINGO (a partir das 18:30)
Curtas Oficina de Animação Areia, Cidade Boa da Gota [produzido na oficina de animação realizada na cidade de Areia, em abril]
Curta-metragem “Caminho dos Gigantes”
Longa-metragem “Zootopia” 



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