O Comitê de Gestão do Santos já abriu mão da renovação do contrato de Cícero. Tudo porque o volante exigiu R$ 500 mil de salário por mês para prorrogar o vínculo, que terminará em 31 de dezembro — o Tombense, do empresário Eduardo Uram, é dono dos direitos econômicos dele.

A pedida de Cícero foi encarada como um desaforo pela cúpula, já que ele quer o mesmo salário pago pelo clube a Neymar até o ano passado — o restante dos ganhos do craque era obtido com parcerias comerciais. Hoje, Leandro Damião também recebe R$ 500 mil mensais.

Cícero já é dono de um dos maiores salários do elenco santista, com faturamento de R$ 350 mil. Muitos membros do Comitê de Gestão torcem o nariz para esse valor, ignorando sua boa fase, que resultou nos prêmios de artilheiro e craque do Campeonato Paulista.

“Aos poucos, o pessoal aqui está enxergando que o Cícero não é o craque que muitos torcedores acham”, avalia José Paulo Fernandes, integrante do Comitê de Gestão.

É bem provável que o volante nem fique até o fim do contrato, já que o Fluminense tem negociações avançadas com Uram. Resta, porém, convencer o Santos a liberá-lo antes.