O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), Charliton Machado, utilizou as redes sociais para desqualificar a fala do deputado Anísio Maia, que na manhã desta terça-feira (22), criticou a possível aliança do PT com o PMDB, nas eleições de outubro próximo. De acordo com o dirigente, as palavras do parlamentar “não representam o pensamento das instâncias partidárias e, muito menos, da Comissão Politica responsável pela construção e diálogo com a base aliada na Paraíba”.

Em postagem publicada em seu perfil no Facebook, Charliton Machado voltou a destacar a importância da unidade dos partidos de oposição, em particular com o PMDB. Segundo ele, é preciso a construção de aliança contrária as postulações do governador Ricardo Coutinho (PSB) e do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que, respectivamente representam as candidaturas dos presidenciáveis Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB), na Paraíba.

“Como é do conhecimento público, a decisão demandada pelo nosso Encontro Estadual, em 12 de abril passado, impõe como maior desafio para o PT, avançar na unidade em prol da reeleição da companheira Dilma [Roussef], superando, sobretudo, todas as divergências locais, em nome da manutenção do projeto democrático e popular, responsável nos últimos 11 anos por retirar milhões de brasileiros da condição de miséria, na direção da dignidade, portanto, da cidadania”, comenta o presidente do PT.

Entenda

Durante entrevista à imprensa paraibana, nesta terça-feira, na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), o deputado Anísio Maia, confirmou que a direção do PT na Paraíba irá seguir a orientação da Executiva Nacional e apoiar a pré-candidatura de Veneziano Vital do Rego para governador do Estado.

Ainda na mesma entrevista, o deputado disse que se sentia “sem empolgação em vestir a camisa”, que seria “só para cumprir tabela” e fez a previsão de derrota para Veneziano no próximo pleito. “[O PMDB] vai marchar para sétima derrota consecutiva na Paraíba, pois está cometendo os mesmos erros do passado, de impor candidaturas, sem conversar com ninguém”, disse.