Em breve a população carente de Campina Grande, e cidades adjacentes, poderão dispor do serviço de diálise peritoneal. Foi assinado nesta semana, entre a Promotoria de Justiça da Saúde de Campina Grande, o Instituto de Tisiologia e Pneumologia do município e o Hospital João XXIII, um termo de ajustamento de conduta (TAC). O serviço será voltado especialmente para àqueles que não possuem mais acesso venoso e não conseguem mais passar pelo processo de hemodiálise.

O TAC foi assinado em audiência realizada, nessa segunda-feira (29), pelo promotor Luciano de Almeida Maracajá, o diretor do instituto, Edgley Maciel Lacerda, que foi acompanhado do administrador Tibério Andrade de Barros, e pelo diretor do hospital João XXIII, Felipe Gadelha.

O promotor Luciano Maracajá informou que a audiência foi designada após informação da auditora da Secretaria Municipal de Saúde, no sentido de que a diálise peritoneal era ofertada apenas pela Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), em desrespeito ao que dispõe a Portaria SAS/MS nº 432/2006 – todos os hospitais que prestam serviços de terapia renal substitutiva devem oferecer não só a hemodiálise, como todas as formas de diálise.

“O paciente com insuficiência renal só encontrava, para o seu doloroso tratamento, a máquina de hemodiálise, que o aprisionava três vezes por semana, entre quatro a seis horas por sessão. A diálise peritoneal serve para minorar o seu sofrimento, pois o paciente realiza o tratamento na sua residência”, declarou o promotor.