Economia & Negócios

Cesta básica ficou mais cara em 16 capitais em março, aponta Dieese

16 capitais


11/04/2016

A cesta básica ficou mais cara em março em 16 das 27 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese) em 2015. As maiores altas foram registradas em Vitória (4,19%), Palmas (3,41%) e Salvador (3,22%).

Entre as 11 capitais que tiveram queda no custo da cesta básica, as retrações mais significativas foram verificadas em Manaus (-12,87%) e Boa Vista (-7,05%).

Brasília foi a capital com maior custo da cesta básica (R$ 444,74), seguida de São Paulo (R$ 444,11) e Florianópolis (R$ 441,06). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 325,98), Maceió (R$ 342,55) e Rio Branco (R$ 342,66).

Nos três primeiros meses do ano, as maiores altas acumuladas foram as registradas em Belém (17,60%), Aracaju (14,25%), Goiânia (12,77%) e Fortaleza (12,72%). Em 10 capitais, o aumento em no 1º trimestre foi superior a 10%. A única diminuição foi registrada em Porto Alegre (-0,82%).
Segundo o Dieese, entre os produtos que mais pesaram ao asumento do custo da cesta básica em março, destacam-se o feijão, manteiga, leite, café em pó, açúcar e batata.

Produtos mais caros
O preço do feijão subiu em 26 cidades e o café em 24 capitais. "O clima prejudicou a qualidade dos grãos e os melhores feijões carioquinhas foram vendidos a preço maior. Ainda, no Nordeste, o feijão continua em entressafra. No caso do feijão preto, que está em período de plantio, a oferta foi reduzida", informa a pesquisa.

Salário necessário
Em março, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.736,26, ou 4,25 vezes mais do que o mínimo de R$ 880,00. Em fevereiro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.725,01, ou 4,23 vezes o piso vigente.
Já o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 96 horas e 24 minutos, ligeiramente inferior à jornada calculada para fevereiro, de 96 horas e 37 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em março 47,63% dos vencimentos para adquirir os mesmos produtos que, em fevereiro, demandavam 47,74%.
Cesta básica em São Paulo
A cesta básica em São Paulo variou 0,16%, entre fevereiro e março, e custou, segundo o Dieese, R$ 444,11. Nos primeiros três meses do ano, a cesta acumulou taxa de 6,21%.

Em março, o preço da carne bovina de primeira não variou, houve redução do valor do tomate (-6,10%) e do arroz agulhinha (-0,68%). As altas foram registradas na batata (4,66%), no óleo de soja (2,91%), no feijão carioquinha (2,87%), manteiga (2,61%), açúcar (2,22%), banana (2,04%), farinha de trigo (1,96%), leite integral (1,46%), café em pó (0,77%) e pão francês (0,19%).
 



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