O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB) participou, na manhã desta terça-feira (3), do Seminário RedIndústria, promovido pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). A relação Congresso Nacional e competitividade da economia brasileira esteve no centro do debate, que discutiu as prioridades da indústria no Poder Legislativo em 2015.

Ele criticou a mensagem da presidente Dilma. Citou o fato de o texto ter até "elogios à Petrobras". O líder classificou as medidas de austeridade do governo como "estelionato eleitoral", garantiu que seu partido vai lutar contra a diminuição de direitos trabalhistas e definiu a ausência da presidente no evento como uma "afronta ao Legislativo".

Cássio começou sua palestra com a notícia nada animadora de que a produção industrial brasileira fechou 2014 com queda de 3,2%, o pior índice desde a crise global, em 2009. Fez uma avaliação muito crítica às medidas do governo Dilma, que lança “saco de maldades contra brasileiros”. O líder da oposição lembrou que a presidente apresenta “pacote de restrições a direitos trabalhistas para cobrir rombo nas contas públicas”.

“A população brasileira não pode pagar a conta dos desvios, do desgoverno, da flagrante falta de planejamento e do descompromisso da presidente Dilma para com o país” – disse, referindo-se às mudanças nos direitos trabalhistas.

SUOR
O líder do PSDB disse que a oposição não concorda com medidas que solapem direitos adquiridos, como a diluição do pagamento do abono salarial de PIS em 12 meses. Cássio disse que “o governo pretende economizar R$ 18 bilhões à custa do suor do trabalhador, retirando direitos legítimos, mas é incapaz de cortar na própria carne e ‘lipoaspirar’ uma estrutura mastodôntica, com 40 ministérios, mais o flagrante leilão de cargos públicos em troca de apoio parlamentar, além dos casos escabrosos de corrupção”.

Cássio também falou do binômio: energia elétrica e falta d´água. Disse que nascido na Paraíba, que em tupi-guarani significa rio ruim, estado que não tem nenhum rio perene, cresceu “com a consciência de que a água é o bem mais precioso da Terra”. E pediu o apoio da CNI para o PLS 12/2014, de autoria dele, que prevê desoneração tributária para empresas que adotarem o reúso de água.

ÁGUA
Para o líder do PSDB, está passando da hora de os agentes públicos promoverem mudanças que permitam a sobrevivência humana. O projeto de Cássio reduz 75% do Imposto de Renda para empresas produtoras ou distribuidoras de água de reúso, estabelece alíquota zero da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins que incidirem sobre a receita de venda ou de tratamento de água de reúso. Reduz, também a zero, a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins em aquisições de máquinas e equipamentos destinados a instalação, manutenção, ampliação ou modernização de planta de tratamento de água de reúso.