Política

Cássio e Maranhão vão votar pelo impeachment; Lira ainda mantém mistério

IMPEACHMENT


11/05/2016

A sessão extraordinária para votar a instauração do processo de impedimento da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), nesta quarta-feira (11), deverá contar com o voto favorável de dois dos três senadores componentes da bancada paraibana pelo afastamento da chefe do executivo nacional por 180 dias.
Os senadores Cássio Cunha Lima (PSDB), líder da bancada tucana e José Maranhão (PMDB), que esteve reunido na última segunda-feira (9) com o vice-presidente e maior interessado na saída da titular, Michel Temer (PMDB), já são considerados votos definidos e favoráveis pelo afastamento.

A única dúvida é Raimundo Lira, que manteve neutralidade na apreciação do processo de impeachment na Comissão Especial, e preferiu não revelar o seu posicionamento na votação desta quarta-feira. A tendência é que, nesta nova etapa, ele deva acompanhar a bancada do PMDB e se manifestar favorável à saída de Dilma Rousseff do poder.

“Só me manifestarei na hora de votar. Não é por algo pessoal, mas por presidir a comissão. Devo ter o posicionamento mais discreto possível, porém já decidi a forma que vou votar e não quero perder a imparcialidade e discrição”, comentou Lira.

A votação ocorrerá somente após todos os oradores inscritos, contra e a favor do parecer da Comissão Especial do Impeachment, discursarem alternadamente por até 15 minutos cada um e apenas uma vez.

O quórum mínimo para votação é de 41 dos 81 senadores (maioria absoluta). Para que o parecer seja aprovado, é necessário o voto da maioria simples dos senadores presentes – metade mais um. O presidente do Senado só vota em caso de empate.

Segundo estimativa da oposição, a votação deverá contar com mais de 50 votos favoráveis a continuidade do processo, o que consumará o afastamento da presidente. O vice-presidente Michel Temer (PMDB) deve assumir o cargo assim que for notificado sobre a decisão.

"A presidente cometeu inegavelmente os crimes de responsabilidade além de descumprir e desrespeitar artigos da Constituição e as pessoas começam a perceber que a crise que assola o país vem da irresponsabilidade da gestão da presidente que empurrou o Brasil para essa que é a mais grave crise da nossa história" declarou o senador Cássio Cunha Lima.

A sessão extraordinária para votar a instauração do processo de impedimento da presidente da República, Dilma Rousseff, começa às 9h desta quarta, e deve durar todo o dia.



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