{arquivo}Ao chegar a Convenção Nacional do PSDB neste sábado (18), em Brasília, o senador Cássio Cunha Lima confirmou que vai assumir uma das vice-presidências do partido com uma missão especial, que é a de difundir o nome do senador mineiro e pré-candidato tucano à Presidência da República, Aécio Neves, no Nordeste. Segundo Cássio, ele será um dos responsáveis pela elaboração da agenda do presidenciável na região, além de ter autonomia para representá-lo em algumas situações.

De acordo com Cássio, a cúpula tucana reconhece que o nome de Aécio Neves ainda é pouco conhecido no Nordeste e que o PSDB pretende ampliar a base aliada na região, pois, vê a candidatura do PT caindo em descrédito. "A Região Nordeste é uma preocupação constante do nosso partido".

O tucano previu sérias dificuldades para o PT no Nordeste por conta da Seca, que segundo ele, não teve a atenção devida do Governo Federal. “Acredito que o PT terá dificuldades na região, principalmente por causa da seca, quando o governo federal não tomou as medidas cabíveis para evitar o problema”, disse.

O senador ainda criticou a presidente Dilma Roussef (PT) por antecipar o calendário eleitoral. “Acredito que o PT só fez isso por já enxergar uma possível dificuldade eleitoral em 2014”, comentou.

O próprio Aécio Neves anunciou nesta sexta-feira (17), que a partir de julho vai começar a rodar pelo País e fará viagens quinzenais para montar o programa de governo do partido.

Aliança com Eduardo Campos

O senador paraibano disse também que não acredita na composição de uma aliança do PSDB com o PSB, do governador de Pernambuco e pré-candidato a presidência, Eduardo Campos, no primeiro turno das eleições presidenciais. “O governador Eduardo Campos tem uma boa relação com o senador Aécio, inclusive, já o elogiou várias vezes, quem sabe não pode ser uma boa essa união no segundo turno”, disse Cássio.

A nova direção do PSDB, que será comandado pelo senador Aécio Neves a partir deste sábado, 18, vai criar situações de superexposição do mineiro na máquina de comunicação partidária. A ideia é que o pré-candidato à Presidência em 2014 seja o protagonista de todas as peças publicitárias a partir de agora, sem rivalizar com outros dirigentes partidários.