O prefeito de Cabedelo, André Coutinho, anunciou que vai recorrer da decisão da Justiça Eleitoral que determinou a cassação do seu mandato, da vice-prefeita Camila Holanda e do vereador Márcio Alexandre de Melo e Silva. A cassação foi determinada por abuso de poder político e econômico, além de captação ilícita de sufrágio nas eleições de 2024. A sentença também declarou os três e o ex-prefeito Vitor Hugo inelegíveis por oito anos.

Em nota, André Coutinho afirmou que recebe a decisão com respeito e tranquilidade, mas que discorda da narrativa e das conclusões apresentadas. “Seguirei exercendo minhas funções com serenidade, como sempre fiz, acreditando que esse episódio será devidamente esclarecido e superado. O povo de Cabedelo me conhece, sabe do nosso trabalho e da transformação que temos promovido na cidade”, declarou.

Siga o canal do WSCOM no Whatsapp.

A assessoria jurídica do prefeito afirmou que a sentença judicial apresenta contradições e fragilidade nos fundamentos eleitorais. Os advogados disseram que o texto judicial funciona como “uma peça narrativa da história do tráfico em Cabedelo, sem, contudo, apresentar contornos eleitorais imprescindíveis para a cassação de mandato”.

Entre os pontos questionados, a defesa cita trechos da decisão que reconhecem que “as contratações em questão ocorreram bem antes do período eleitoral” e que “não seria crime contratar pessoas tão somente por sua condição de parentesco com traficantes”. Também afirmam que a sentença reconhece que “não há nos autos comprovação de violência direta exercida sobre eleitores”.

Por fim, o gestor garantiu que continuará no exercício pleno do mandato até que todas as instâncias se manifestem. “Cabedelo está acima de tudo, e meu compromisso com a cidade e com cada cidadão permanece inabalável”, concluiu.