Saúde

Casos de cálculo renal crescem até 30% no verão

Cuidados


19/02/2013



 Um levantamento feito pelo Centro de Referência da Saúde do Homem, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, aponta que o número de atendimentos aos pacientes com quadro de cálculo renal aumenta 30% entre os meses de janeiro e março todo ano.

De acordo com os pesquisadores, isso acontece porque as pessoas transpiram mais e não ingerem líquido o suficiente no verão. Além disso, os cuidados com a alimentação nas férias costumam ser deixados de lado: as pessoas aumentam a ingestão de alimentos industrializados e ricos em sódio, facilitando ainda mais o aparecimento de cálculo renal.

O urologista Fábio Vicentini, médico chefe do ambulatório de litíase (cálculo) renal do Centro, afirma que amendoim, castanha do Pará, calabresa e camarão facilitam a formação das pedras, principalmente por indivíduos propensos à doença, que atinge duas vezes mais os homens do que mulheres. A obesidade também está ligada ao problema, já que os pacientes com índice de massa corporal elevado podem apresentar mais cálcio e ácido úrico na urina.

Em torno de 15% da população brasileira apresenta cálculos renais. Em 85% dos casos, as pedras são pequenas e expelidas naturalmente pela urina. O restante dos pacientes apresenta dores fortes e infecções, necessitando de tratamento medicamentoso ou de intervenção cirúrgica. A chance de reincidência da doença também é grande – metade dos pacientes volta a ter a doença e alguns sofrem ainda pela terceira vez. "Por isso, é extremamente importante que os pacientes que tiveram cálculo renal procurem o médico para fazer o acompanhamento e evitar novas crises", finaliza o urologista Fábio.

Complicação difícil de lidar, a dor do cálculo renal provoca dores horríveis, além de náuseas, vômitos, febre e até sangue na urina. A pedra se forma quando algumas substâncias secretadas pela urina – como o cálcio – estão presentes no rim em quantidade excessiva e isso causa um processo de cristalização, formando a pedra. O tamanho do cálculo influencia a intensidade da dor – até quatro milímetros podem ser expelidos espontaneamente, sem dor. "Acima desse tamanho, a chance de episódios com dor aumenta", conta o nefrologista André Sloboda, da Sociedade Brasileira de Nefrologia.



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