Internacional

Caso Nisman: Promotora investiga hipótese de “indução ao suicídio”


20/01/2015

Enquanto milhares de argentinos vão às ruas pedir esclarecimentos sobre a morte do promotor Alberto Nisman, de 51 anos, as investigações iniciais indicam que ele cometeu suicídio. Seu corpo foi encontrado no domingo à noite (18), no banheiro do seu apartamento, no bairro nobre de Puerto Madero, em Buenos Aires.

Um relatório preliminar da autópsia diz que o promotor morreu em consequência de um tiro na cabeça, disparado por uma pistola calibre 22, que investigadores encontraram ao lado de seu corpo. O documento descarta "intervenção de terceiras pessoas" no local do crime. "Vamos investigar se houve algum tipo de indução ou instigação através de ameaças", disse a promotora Viviana Fein, responsável pelo caso, de acordo com o jornal Clarín.

A presidente Cristina Kirchner publicou em sua conta do Facebook uma extensa carta em que fala sobre a morte de Nisman. No texto, se refere ao caso como uma história "muito sórdida e cheia de dúvidas". Com riqueza de detalhes, lembra da sua participação nas primeiras investigações do caso AMIA (Associação Mutual Israelita Argentina) e assegura que foi a sua gestão que mais participou no esclarecimento do atentado.

Na semana passada, Nisman pediu investigações sobre a presidente Cristina Kirchner num caso de encobrimento de terroristas iranianos em um atentado ocorrido em 1994 a uma associação israelita argentina. Alberto Nisman era aguardado no Congresso, nesta segunda-feira (19), para detalhar a denúncia. Apareceu morto no dia anterior.

Nesta terça-feira (20), o jornal La Nacion publicou uma imagem do escritório de Nisman poucas horas antes da morte. A foto, enviada por ele a outra pessoa, mostra os documentos que ele estava estudando para levar ao Congresso no dia seguinte.



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