Policial
Caso Hytalo Santos: Instituições apontam vazamento de informações sigilosas e pedem tratamento responsável para não expôr vítimas
16/08/2025

Portal WSCOM
Após a prisão do influenciador cajazeirense Hytalo Santos em São Paulo, instituições de investigação da Paraíba emitira nota conjunta sobre a necessidade de tratamento responsável e sem sensacionalismo do caso, reforçando que a prioridade é a proteção da intimidade das vítimas e a prevenção da revitimização, sobretudo diante da exploração sexual no ambiente digital.
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O Ministério Público e os órgãos parceiros reiteraram o compromisso com o enfrentamento ao crime organizado e a defesa intransigente dos direitos humanos.
“O enfrentamento dessa prática criminosa exige atuação coordenada, técnica e fundamentada, de modo a garantir a responsabilização dos autores e a salvaguarda dos direitos humanos. O Ministério Público e as instituições parceiras reiteram seu compromisso inegociável com a defesa de crianças e adolescentes, mantendo-se firmes e integrados no combate a este crime grave, e conclamam a sociedade a apoiar essa missão por meio da denúncia responsável e da preservação da dignidade das vítimas”, diz a nota.
A prisão do produtor de conteúdo e do seu marido foi fruto de ação conduzida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em conjunto com o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Polícia Civil da Paraíba (UNINTEPOL e DECC), o CIBERLAB – Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP/MJSP), a Polícia Civil de São Paulo (DEIC) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Investigações em curso
De acordo com o MPPB, as apurações vêm sendo conduzidas com “rigor técnico e absoluto respeito aos direitos e à dignidade das vítimas, especialmente crianças e adolescentes”. As instituições ressaltaram, porém, que o vazamento de informações sigilosas e a adoção de medidas civis paralelas à investigação criminal prejudicaram a eficiência das diligências e podem ter colocado as vítimas em risco.
Tráfico humano interno
O órgão também chamou atenção para a gravidade do tráfico humano em âmbito estadual, muitas vezes menos visível que o transnacional, mas com impactos profundos nas comunidades locais. Segundo o MPPB, pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica são aliciadas e exploradas dentro do próprio estado, seja para fins de exploração sexual, trabalho análogo à escravidão ou outras formas de servidão.
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