Artes

Casamento coletivo reúne 150 histórias de amor no Maior São João do Mundo

Santo Antônio


14/06/2014



A festa de Santo “Antônio casamenteiro” foi especial para 150 casais que disseram “sim” em coro uníssono na Pirâmide do Parque do Povo, durante o tradicional casamento coletivo do São João de Campina Grande. Ao som da marcha nupcial, interpretada pela Orquestra Filarmônica Epitácio Pessoa, os noivos transformaram o arraial em um grande altar para a celebração do amor, confirmando a união civil diante de um juiz de direito.

Com tantos casais apaixonados, o casamento coletivo promoveu o encontro de várias histórias de vida diferentes. É o caso da aposentada Arlete da Silva Pereira, de 70 anos, e o agricultor Manuel Gomes Pereira, de 69 anos. Eles formam o par de noivos mais experiente da edição 2014 do casamento coletivo e estão celebrando o matrimônio pela segunda vez.

“A gente casou em 1966 e passou mais de 40 anos juntos. Há dois anos ele decidiu pedir o divórcio e eu aceitei e deixei ele ir seguir o rumo dele e morar com nossa filha. Mas, ele se arrependeu e no final do ano passado quis voltar pra casa. Aí, eu disse que só deixava se ele casasse comigo de papel passado”, conta Dona Arlete. O noivo, porém, também fez suas exigências. “Ela me obrigou a casar mais uma vez e eu disse que só topava se fosse no São João”, conta Manuel. O casal tem 16 filhos.

No outro extremo há jovens casais que estão começando a planejar uma vida a dois a partir do casamento coletivo. O auxiliar administrativo Suélio Ramos, de 25 anos, sonhava já há cinco anos levar Camila Soares, de 23 anos, para o altar. “A gente se conheceu pela internet e começamos a namorar escondido, mas a coisa ficou séria e desde o começo eu queria casar, mas ela não queira. Agora foi a noiva que me pediu em casamento”, revela o noivo com um sorriso no rosto.

Camila, que é cobradora de ônibus e estudante de fisioterapia, garante que a emoção aumenta por casar no São João. “É muita felicidade compartilhar esse momento com tantos casais e ver o amor no rosto de cada um”, conta. Já Risoneide Belarmino, de 29 anos, adiou o matrimônio com o agricultor Antônio Rocha, de 45 anos, para participar do casamento coletivo. “Tentei ano passado e perdi o prazo de inscrição. Esperei um ano pra casar no São João de Campina”, diz a noiva de Lagoa Seca.

As noivas tiveram um dia especial para cuidar da beleza, se preparando desde a tarde no Centro Cultural. De lá, os 150 casais formaram um cortejo rumo à Pirâmide, onde a cerimônia seria conduzida pelo juiz Kéops de Vasconcelos. Após o tão esperado “sim”, os noivos se beijaram e trocaram alianças. Em seguida, eles dançaram a valsa em ritmo de forró e fizeram um brinde.

Esta foi a 14ª edição do casamento coletivo. Neste ano, a prefeitura disponibilizou para os casais vestidos e ternos, 150 buquês de noivas, além do espumante, bolos e doces. Os recém-casados também receberam brindas distribuídos pelas Casas Bahia, patrocinadora oficial do evento. O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, foi representado na cerimônia pelo secretário de cultura do Município, Lula Cabral.



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