Na noite desta quinta-feira, 18, durante a despedida de uma caravana de 49 jovens franceses, que passaram 16 dias em João Pessoa envolvidos em projetos sociais, o prefeito Luciano Cartaxo recebeu uma medalha de ouro da cidade francesa de Estrasburgo.

A celebração ocorreu na Igreja de São Francisco, em Mangabeira, e foi conduzida pelo arcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto, com participação do padre Francisco, da paróquia, e do padre Thomas Wender, da França.

A comenda para Luciano Cartaxo foi enviada pelo prefeito de Estrasburgo, Roland Riess, e entregue pelo jovem Reymond Mey. “Eu agradeço muito pela lembrança e só posso dizer que é uma satisfação enorme receber esta comitiva em nossa cidade. Espero que esta relação possa ser duradoura e muito construtiva e que possamos desenvolver projetos em parceria. As portas de João Pessoa estarão sempre abertas para recebê-los”, declarou o prefeito.

De acordo com Raymond Mey, a medalha é um agradecimento pelos serviços prestados em favor da comunidade. “Antes de deixarmos a França encontramos o nosso prefeito e ele nos incentivou a vir participar deste projeto e nos encarregou de entregar ao prefeito, como presente, a medalha de nossa cidade. É um agradecimento pelo trabalho e também um estímulo para que continuemos agindo com fé e amizade”, explicou.

Projeto

Os 49 jovens franceses, acompanhados por dois padres e oito responsáveis, auxiliaram na construção de uma capela na comunidade Santa Bárbara, no bairro dos Bancários. O templo tem traços característicos da arquitetura francesa, mais precisamente do estilo à Colombage. O grupo veio à Paraíba por meio de uma articulação do padre Francisco, da Igreja de São Francisco, que estudou doutorado na França, e, nessa oportunidade, conheceu o padre Thomas Wender.

A atitude dos jovens, de viajar para outro país no intuito de desenvolver um projeto que beneficie comunidades carentes por meio da religião, foi tema da pregação do arcebispo dom Aldo Pagotto. “Todos nós temos a missão de doar as nossas vidas em favor do próximo. Temos os nossos próprios fardos, e Deus não tira essa cruz de nossas costas, mas nos oferece o alívio e o conforto para que mantenhamos o entusiasmo. Precisamos ser perseverantes para cumprir a nossa missão”, defendeu.

Transformação

De acordo com o padre Francisco, os 15 dias de convivência e trabalho em equipe, entre os jovens brasileiros e franceses, foram transformadores. “Foi um período de muita troca de experiência e confraternização entre estes jovens e também de oração e comunhão ao redor da mesa da Eucaristia. Tenho certeza que todos viveram momentos que levarão para toda a vida”, afirmou.

O padre Thomas Wender agradeceu a acolhida de todos e afirmou que, de fato, as duas semanas vividas em João Pessoa jamais seriam esquecidas. “Esta noite será como a transfiguração de Jesus, na montanha, com seus discípulos. Eles queriam ficar lá, mas precisaram descer para continuar seus trabalhos. Da mesma forma, vamos seguir adiante, mas esperamos que um dia possamos subir novamente essa montanha e trabalharmos juntos mais uma vez”, disse.