Política

Cartaxo não acredita em ‘retrocesso’ no processo de votação brasileira

Sem chance


01/12/2015



O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), disse não temer a possível inviabilidade das eleições de 2016 por meio eletrônico. O gestor, que é pré-candidato à reeleição, demonstrou, nesta terça-feira (1º), confiança que haverá um consenso no Poder Judiciário para que não ocorra o retorno da votação por cédula do papel e urna de lona.

“Eu não acredito que isso irá acontecer, é preciso chegar a um consenso, pois, não podemos retroceder no processo democrático de forma alguma. A votação no papel, como se fazia antigamente, o próprio tempo demonstra que ficou para trás, e o momento é de continuar tendo a segurança no processo eleitoral e nada melhor que a urna eletrônica. Acho que isso vai se chegar a um consenso, não tenho a menor dúvida em relação a isso”, disse.

O prefeito Luciano Cartaxo fez pela manhã a entrega da reforma e climatização da Escola Municipal Luiz Augusto Crispim, no bairro dos Ipês, realizada nesta terça-feira (1º).

Entenda
Uma portaria publicada no "Diário Oficial da União" desta segunda-feira (30) e assinada pelos presidentes dos tribunais superiores informa que o corte no orçamento do Judiciário vai inviabilizar as eleições de 2016 por meio eletrônico.

Ao todo, o contingenciamento impedirá a utilização de R$ 1,7 bilhão do orçamento do Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Justiça Federal, Justiça Militar da União, Justiça Eleitoral, Justiça do Trabalho, Justiça do Distrito Federal e Territórios e Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A portaria é assinada por Ricardo Lewandowski, presidente do STF e do CNJ; Dias Toffoli, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); Laurita Vaz, vice-presidente do STJ e presidente em exercício do conselho da Justiça Federal; Antonio Levenhagen, presidente do TST; William Barros, presidente do Superior Tribunal Militar; e Getúlio Oliveira, presidente do TJDFT.

A portaria desta segunda não explica os motivos que inviabilizarão o uso das urnas eletrônicas no ano que vem. "O contingenciamento imposto à Justiça Eleitoral inviabilizará as eleições de 2016 por meio eletrônico", diz o texto publicado.

Veja quanto cada tribunal ficará impedido de utilizar no orçamento com o contingenciamento:

-Supremo Tribunal Federal: R$ 53.220.494,00
– Superior Tribunal de Justiça: R$ 73.286.271,00
– Justiça Federal: R$ 555.064.139,00
– Justiça Militar da União: R$ 14.873.546,00
– Justiça Eleitoral: R$ 428.739.416,00
– Justiça do Trabalho: R$ 423.393.109,00
– Justiça do DF e Territórios: R$ 63.020.117,00
– Conselho Nacional de Justiça: R$ 131.165.703,00

Em nota, o TSE informa que o bloqueio de R$ 428.739.416,00 do orçamento da Justiça Eleitoral para 2016 "compromete severamente" projetos do próprio tribunal e dos Tribunais Regionais Eleitorais. 



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