Política

Cartaxo alfineta o PSB sobre desistência de Azevedo: “prefeito não se nomeia”

"NÃO É SURPRESA"


27/04/2016

O prefeito Luciano Cartaxo (PSD) disse que não se surpreendeu com o anúncio da retirada da pré-candidatura do secretário de Estado, João Azevedo, da disputa pela Prefeitura de João Pessoa nas próximas eleições municipais. Na manhã desta quarta-feira (27), durante visita técnica ao novo Centro Cultural de Mangabeira, Cartaxo disse que essa era uma discussão interna do PSB, mas, de forma sucinta, não deixou de alfinetar o governador Ricardo Coutinho (PSB) ao afirmar que sempre esteve certo ao sustentar a tese de que nenhum candidato a prefeito não pode ser ser nomeado, mas sim eleito.

“Essa é uma discussão interna do PSB e não me cabe fazer avaliação. Mas, demonstra claramente que estávamos certos porque eu tenho dito claramente que eleição é uma coisa, nomeação é outra. Candidato a prefeito não pode ser nomeado, prefeito tem que ser eleito, secretário é que se nomeia”, disparou.

Cartaxo ainda afirmou que durante todo o processo manteve a prioridade de pensar no trabalho, se preocupando apenas com a cidade, deixando o tema “eleições” para o período apropriado. “A minha leitura sobre esse cenário é de que nós estávamos corretos em priorizar a gestão. Quem só pensa em eleição, esquece da gestão, eu disse isso vários vezes. O bom gestor aparece na hora da dificuldade, João Pessoa é uma cidade que não comporta mais projeto pessoal”, disse.

O prefeito disse ainda que não terá problemas em enfrentar o embate eleitoral nas ruas com o governador do Estado, Ricardo Coutinho, que na terça-feira (16) prometeu percorrer todos os bairros e ruas de João Pessoa calçando um tênis conga ou uma sandália japonesa para conquistar votos e ressaltar a política de gestão do governo do PSB.

“João Pessoa é uma cidade que tem perspectiva de crescimento e projeto pessoal não cabe mais na cidade, o grau de exigência hoje é muito maior. Vou continuar fazendo o meu trabalho e entregando obras pela cidade. Essa crise já estava desenhada há muito tempo, não se instalou no Brasil nem ontem, nem hoje, ela vem desde o ano passado, o nosso governo teve a capacidade de enxergar isso e tomar as medidas corretas. Eu não preciso usar conga, prefiro usar o meu sapato e trabalhar pela cidade diariamente”, comentou.



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