Política
Carlos Siqueira revela divergências do PSB com Veneziano, afirma que senador deixou dívida milionária ao sair da legenda e cobra explicação por saída do partido
15/05/2025

Anderson Costa
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou na manhã desta quinta-feira (15) que não enxerga a possibilidade do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) voltar a reintegrar a base aliada do governador João Azevêdo (PSB) e compor com o grupo para a disputa das eleições majoritárias de 2026. Durante entrevista concedida à Rádio CBN de João Pessoa, o mandatário indicou que após a saída do parlamentar da sigla pela qual foi eleito ao Senado Federal em 2018, ficaram rusgas entre as partes.
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Questionado acerca da possibilidade de se garantir a reaproximação do senador emedebista do grupo do governador João Azevêdo, Carlos Siqueira foi enfático ao rechaçar a possibilidade. O socialista apresentou uma série de razões que acirrariam os ânimos entre os dirigentes partidários e o líder da maioria no Senado. A possibilidade da recomposição de Vital do Rêgo com o seu antigo partido é apontada como um desejo do presidente Lula (PT), que é aliado histórico do grupo governista e de Veneziano na Paraíba.
Divergências
“O senador Veneziano Vital do Rêgo foi eleito pelo Partido Socialista Brasileiro. O partido financiou a campanha dele, quando ele saiu ainda no final das eleições, ficou uma dívida de mais de um milhão e quinhentos [mil reais] da campanha dele que o partido pagou. Depois ele sem qualquer motivo abandonou o PSB, sem dar uma satisfação e sem dar motivos para isso”, afirmou Carlos Siqueira.
Segundo o dirigente nacional do PSB, a saída de Veneziano não foi compreendida, uma vez que a sigla havia conseguido eleger o governador João Azevêdo para suceder o ex-governador Ricardo Coutinho, há época filiado ao PSB. Carlos classificou os esforços do partido na campanha como muito importantes para a eleição de Vital do Rêgo ao Senado em 2018, inclusive contando com o apoio do há época governador Ricardo Coutinho.
“Não sei, sinceramente, se esse senador que fez isso com o PSB quer voltar à órbita do PSB. Ele não nos procurou, não tenho informação sobre isso e acho um pouco estranho que ele eventualmente queira voltar, porque ele foi um senador que esteve sempre na oposição, embora contrariando o eleitor, porque quando ele foi eleito, foi eleito para apoiar o governo e na chapa do atual governador”, afirmou o dirigente.
Explicações
Segundo Carlos, não haveria motivo para estranheza da sua parte se Veneziano tivesse apresentado ao eleitorado razões para o seu rompimento com o governo, mas que isso não foi feito e que esta seria uma explicação que deve ser feita pelo parlamentar ao seu eleitorado.
“O político deve satisfação ao seu eleitor, se ele levou milhares de eleitores a votarem em João Azevêdo por que agora ele ficou contra? Quem tem que dar essa explicação ao eleitorado é ele, não somos nós do PSB que financiamos a campanha dele, que tratamos ele sempre muito bem, que não temos nada contra ele, mas que estranhamos essa mudança de camisa partidária sem qualquer discussão mais aprofundada”, concluiu.
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