O ex-presidente Jair Bolsonaro articula uma ofensiva para aumentar a influência de sua família no Senado Federal em 2026, e uma das principais peças da estratégia é a possível candidatura de Carlos Bolsonaro (PL-RJ) ao Senado por Santa Catarina. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo.

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Carlos, que atualmente cumpre mandato como vereador no Rio de Janeiro, já teria discutido o plano com o governador catarinense Jorginho Mello (PL), seu aliado, e com parlamentares do estado. Para concorrer, ele precisará transferir seu domicílio eleitoral até 4 de abril de 2026.

A movimentação faz parte de uma estratégia maior para fortalecer o PL no Senado — onde os parlamentares têm prerrogativas importantes, como aprovar ou rejeitar indicações ao STF e instaurar processos de impeachment de ministros da Corte. Em 2026, duas cadeiras de Santa Catarina estarão em disputa, atualmente ocupadas por Esperidião Amin (PP) e Ivete da Silveira (MDB).

Além da boa relação com Jorginho Mello e da força do PL local, Carlos teria o respaldo do expressivo apoio bolsonarista no estado: em 2022, Jair Bolsonaro teve mais de 69% dos votos no segundo turno. Outro filho, Jair Renan, já atua na política local como vereador em Balneário Camboriú.

A deputada federal Julia Zanatta (PL-SC), que esperava disputar o Senado, foi avisada de que deve buscar a reeleição à Câmara. Ela confirmou que Bolsonaro lhe falou sobre a possível candidatura de Carlos, mas negou articulações para deixar o PL.

A família Bolsonaro deve lançar outros nomes em 2026. Eduardo Bolsonaro é cotado para o Senado, e Michelle Bolsonaro é vista como favorita ao Senado pelo Distrito Federal, embora também seja cogitada como opção para vice ou até presidência, caso Jair Bolsonaro permaneça inelegível. O irmão Renato Bolsonaro deve tentar uma vaga na Câmara Federal por São Paulo.