Saúde

Câncer de mama em mulheres jovens aumenta nos EUA

Saúde


27/02/2013

 A incidência do câncer de mama avançado em mulheres de 25 a 39 anos nos Estados Unidos aumentou nos últimos 30 anos, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira.

A pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association descobriu que os casos passaram de 1,53 por 100.000 habitantes em 1976 para 2,90 por 100.000 habitantes em 2009.

Segundo os pesquisadores, isto representa um aumento médio ponderado de 2,07% por ano durante o período de 34 anos.

Embora seja um aumento relativamente pequeno, "a tendência não mostra sinais de diminuição e pode indicar um aumento da importância epidemiológica e clínica", escreveram os autores do estudo, dirigido por Rebecca Johnson, do Hospital Infantil de Seattle e da Universidade de Washington (noroeste).

As estatísticas utilizadas para o estudo são provenientes dos registros de três institutos nacionais de vigilância, epidemiologia e resultados finais de câncer.

"A trajetória da tendência da incidência prevê que um número cada vez maior de mulheres jovens nos Estados Unidos apresentará câncer de mama metastático em um grupo de idade que já tem o pior prognóstico, rotinas de detecção não recomendadas, um seguro mínimo de saúde e a maior quantidade de potenciais anos de vida", segundo os autores.

Os pesquisadores descobriram que o maior aumento ocorreu entre as mulheres de 25 a 34 anos, com progressões cada vez menores nas mulheres mais velhas, medidas em intervalos de cinco anos. Não houve aumento estatisticamente significativo da incidência em mulheres com mais de 55 anos", escreveram.

Para as mulheres de 25 a 39 anos, o aumento foi "estatisticamente significativo" em mulheres negras e brancas não hispânicas desde 1992, quando as informações de raça e origem étnica começaram ser disponibilizadas nos dados utilizados.

"Quaisquer que sejam as causas – e é provável que exista mais de uma – a evidência observada do aumento da incidência do câncer de mama avançado em mulheres jovens exige corroboração e pode ser melhor confirmada com os dados de outros países", afirmaram os autores.



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