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Campeã mundial de handebol, capitã se inspira em R. Ceni e pede presente


27/12/2013



 Liderança, perseverança e dedicação ao trabalho. As características do goleiro Rogério Ceni, ídolo do torcedor do São Paulo, serviram de inspiração para a são-paulina Fabiana Diniz, a Dara, campeã Mundial com a seleção feminina de handebol em disputa na Sérvia. A capitã do Brasil não tem vergonha alguma de fazer um pedido, mesmo que atrasado, ao Papai Noel.

– Meu sonho é trocar camisa com o Rogério Ceni. Já pensou? Nossa! Tem que ser cara de pau mesmo, né? Fã é fã. E o Rogério é um exemplo de capitão, líder, atleta, enfim, quem é são-paulino roxo sabe bem o que estou falando. Ele e Telê Santana são meus grandes ídolos e mestres – contou Dara, que está de volta à cidade de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, onde nasceu e começou a dar os primeiros arremessos no handebol.

"A menina das tranças", como gosta de ser conhecida, arruma os cabelos com carinho ao ser questionada sobre o sonho olímpico. Com brilho nos olhos, aos 32 anos de idade, Dara conta que sua meta é encerrar a carreira na Seleção Brasileira com a medalha de ouro das Olimpíadas.

– Estaremos ainda mais experientes e prontas para essa responsabilidade. O título Mundial foi surpreendente. Mas agora, nas Olimpíadas, teremos a responsabilidade e meio que uma "obrigação" de levar o ouro diante da nossa torcida. Esporte é assim – explica a capitã.

Fabiana começou a jogar handebol aos 12 anos. Ela lamenta ("Comecei tarde"). Para que o handebol brasileiro colha novos frutos, muito além do título Mundial, ela aposta na popularização do esporte com incentivos dos poderes público e privado nas categorias de base.

– No Brasil não tem criança de 5 anos correndo atrás de uma bola de futebol e mostrando habilidade? Lá na Europa é assim também com o handebol. Com investimento, apoio, incentivo. Só dessa maneira teremos novas gerações vitoriosas – conta a pivô, que defende as cores do Hypo Nö, na Áustria.

Soubak: "o melhor técnico do mundo"

O dinamarquês Morten Soubak, técnico do Brasil, "nasceu no país errado". Na opinião de Fabiana, "o melhor técnico do mundo" ensinou e também aprendeu com a seleção feminina de handebol. Ela deseja vida longa à troca de experiências Brasil-Europa.

– Mortan não é brasileiro, mas tem o Brasil no coração. Talvez ele precisasse ter nascido em outro país para poder trazer essa experiência de fora pra gente. Ele se encaixou muito bem no time, respeita o nosso estilo de jogo e não tentou mudar nada. Ele aperfeiçoou o que a gente tinha de bom, corrigiu alguns defeitos, enfim, ele é um craque. É o nosso craque.



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