Futebol

Camarões não embarca para a Copa; federação garante que time chega nesta segunda

Rival


08/06/2014



A seleção de Camarões não embarcou para o Brasil na manhã deste domingo. A delegação tinha voo fretado para deixar Yaoundé às 9h (horário local) e chegar ao Rio de Janeiro no início da tarde, mas os jogadores se recusaram a viajar, em virtude de divergências em relação ao prêmio que será pago ao elenco para disputar a Copa do Mundo.

Em contato por telefone com o ESPN.com.br, a assessoria de imprensa da Fecafoot – Federação Camaronesa de Futebol – garantiu que o elenco chegará ao país sede do Mundial nesta segunda-feira, quatro dias antes da sua primeira partida no torneio, sexta que vem, contra o México, em Natal.

O regulamento da Fifa exige que cada time chegue no país-sede pelo menos cinco dias antes do primeiro jogo.

Segundo informações do site ‘Camfoot’, o impasse se dá porque os jogadores não abrem mão de receber a premiação prometida pela federação antes de embarcar para o Brasil. Os valores são outro ponto de divergência entre os dirigentes e o elenco, que ameaça boicotar o Mundial de 2014.

Na última semana, a Fecafoot havia anunciado que aumentaria a premiação dos atletas, mas, ainda assim, não conseguiu diminuir a insatisfação do elenco, em situação similar à acontecida em 2002, antes da Copa na Coreia do Sul e Japão, quando os jogadores não deixaram o hotel em que estavam concentrados, pelo mesmo impasse.

A proposta mais recente da Fecafoot oferecia repasse de 6% do valor líquido pago pela Fifa para cada seleção aos jogadores somente para a primeira fase. Caso a seleção avançasse à segunda fase, o percentual subiria para 20% e avançaria progressivamente até uma eventual final – 30% para quartas, 40% para semi e 50% para a decisão.

No sábado, Camarões entrou em campo para seu último amistoso de preparação para o Mundial e venceu a Moldávia, por 1 a 0. Titulares da seleção, como Choupo-Moting, Itandje e Eto’o não entraram em campo e, ainda que a justificativa tenha sido a condição física, especula-se que os atletas se recusaram a entrar em campo em protesto.

A despedida da seleção de Camarões ainda previa uma cerimônia entre jogadores e o primeiro-ministro do país, Philémon Yang, que entregaria uma bandeira do país para a delegação. Os atletas não compareceram ao evento e obrigaram o técnico alemão Volker Finke a receber o símbolo nacional das mãos das autoridades.



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