A Caixa Econômica Federal informou nesta quarta-feira, 5, que o lucro líquido recorrente foi de R$4,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, o que representa um crescimento de 71,5% em comparação ao ano passado. Já o lucro líquido contábil chegou em R$5,8 bilhões, um alcance de 133,9% dentro do mesmo nível de comparação, se tornando o melhor início do ano da história do banco.

O retorno do patrimônio líquido (ROE) recorrente alcançou 11,8%, um aumento de 2,8 pontos percentuais nos últimos 12 meses. A margem financeira aumentou 4,8%, o que soma R$16 bilhões, enquanto o resultado da intermediação financeira subiu 34,7% no ano, e chegou a R$13,9 bilhões.

Já a carteira de crédito total atingiu R$1,266 trilhão em março, uma alta de 10,7% em 12 meses. O setor imobiliário teve um destaque, com um salto de R$850,4 bilhões, um crescimento de 12,7% em comparação ao mesmo mês do ano passado, mantendo-se na liderança do banco no crédito habitacional com 66,8% de participação no mercado. Com a leve retração de 4,6%nas contratações de crédito imobiliário (R$49,3 bilhões), o banco financiou pouco mais de 164 mil imóveis no trimestre, beneficiando 657 mil pessoas. 

O índice divulgado de inadimplência foi de 2,49% em março, um aumento de 0,15 p.p em relação a março de 2024, mas com 92,1% da carteira considerada com menor risco. No setor imobiliário, a inadimplência caiu para 1,42%.

Outros destaques incluem:

• R$ 151,5 bilhões em novas concessões de crédito no 1T25 (+5,7% em um ano);
  
• R$ 63,5 bilhões em crédito ao agronegócio (+9,9%);
  
• R$ 107 bilhões em crédito para infraestrutura e saneamento (+6,7%);
  
• R$106,3 bilhões em crédito consignado (+3,7%).

Em captações totais, o banco alcançou R$1,703 trilhão (+12%), com R$379,4 bilhões em depósitos de poupança (+5,8%) e R$298,4 bilhões em depósitos a prazo (+10,7%).

Nos resultados financeiros, a CAIXA mostrou o desembolso de R$1,1 bilhão para os estados e os municípios, com uma retomada de 640 obras e a conclusão de outras 917 com recursos do Orçamento Geral da União. Portanto, foram selecionadas 875 novas propostas do Novo PAC, com a previsão de R$4 bilhões nos investimentos em parceria com o Ministério das Cidades.

A CAIXA também ampliou a  sua ação no mercado de capitais, com uma atenção para a oferta pública da CAIXA Seguridade, que teve uma superação de R$ 1 bilhão, em sua primeira emissão internacional de dívida temática de inclusão social, captando US$ 700 milhões com demanda sete vezes superior à oferta.

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No meio social, a CAIXA pagou R$104,6 bilhões em benefícios, com o Bolsa Família incluído com R$41,3 bilhões destinado para 20,7 milhões de famílias. As loterias tiveram uma arrecadação de R$5,5 bilhões, dos quais R$2,1 bilhões foram para programas sociais.

O banco comemorou os avanços em reputação, com um alcance na 13ª posição no ranking de reclamações do Banco Central (BC) no 1T25, obtendo o melhor desempenho já registrado.

A presidente da CAIXA, Rita Serrano, comentou que os resultados refletem “uma gestão responsável, voltada para o crescimento sustentável, o fortalecimento da carteira de crédito e o compromisso social com o desenvolvimento do Brasil”.