Lazer

Cafuçuzin, versão mirim do Cafuçu, faz a folia das crianças nesta sexta-feira


19/02/2025

Foto: Bertrand Lira

Da Redação

Atendendo aos inúmeros pedidos das famílias cafuçus, o bloco mais irreverente da cidade botará na rua, ou melhor, na praça, pela primeira vez, o Bloco Cafuçuzin para promover o incremento do carnaval infantil da cidade. Nesta sexta-feira, dia 21, a partir das 16h, a orquestra Paraíso Tropical estará fazendo a alegria da criançada cafuçu, inclusive com um repertório de música infantil em ritmo de frevo.

A concentração Cafuçuzin acontece na grande praça do Altiplano, à rua José Rufino, 176, de frente à associação do bairro e do Posto de Polícia. A proposta de criação do Cafuçuzin vem somar a outras iniciativas existentes na cidade, a exemplo da Agitada Gang, Cumadre Fluorzinha  e a um dos primeiros e bem sucedidos bloco Muriçoquinhas do Miramar. O cafuçuzin era uma aspiração antiga do bloco que completa este ano 36 anos de folia.

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A escolha pela Praça do outrora Conjunto Altiplano, segundo Bertrand Lira, um dos integrantes e fundadores do Bloco, além da tranquilidade que proporciona – inclusive com amplo espaço para estacionamento –, tem um lado afetivo, pois parte dos fundadores do Cafuçu viveram (alguns ainda vivem) no Altiplano, a exemplo de Adalice e kennedy Costa, Henrique Magalhães, Márcio e Márcia Bezerra, Torquato Joel, Buda e Bertrand Lira, e Marcelina
Moraes, produtora Executiva da Amora Produções, há 18 anos à frente do bloco.

O bloco Cafuçu surgiu de uma brincadeira entre amigos reunidos no carnaval de 1988, em Itamaracá, Pernambuco. O termo cafuçu era usado frequentemente por Adalice Costa, atriz e funcionária do Departamento de Arquitetura da UFPB para alguém que cometia gafes ou se comportava de “maus modos”, ou simplesmente se vestia fora da moda. Brincou-se com a possibilidade de se criar um bloco com este nome.

Em 1989, um ano depois, o professor e quadrinhista Henrique Magalhães confecciona o primeiro estandarte do Cafuçu e reúne amigos para desfilarem nas Muriçocas. Em 1990, o bloco Cafuçu já está desfilando, autônomo, nas na orla do Cabo Branco e Tambaú animado por um trio elétrico. Nos anos seguintes, o bloco já tinha seu hino com música de Kennedy Costa e letra de Paulo Vieira, membros de primeira hora do Cafuçu. O cantor e compositor Kennedy Costa é filho da saudosa Adalice Costa, hoje homenageada pelo bloco com um boneco gigante, que todos os anos dá o ar da graça na Folia de Rua. Além de Henrique Magalhães e as irmãs Adalice e Ana Costa, a diretoria do bloco era formada, na época, pelo ator Buda Lira, hoje o coordenador do bloco, pelos professores William Pinheiro e Paulo Vieira (ator e diretor de teatro), os cineastas Bertrand Lira e Torquato Joel, os irmãos Márcio e Márcia Bezerra, entre outros. Nos dois últimos anos, ainda na orla, o Cafuçu dispensou o trio elétrico para o arrastão e saiu com uma banda de frevo.

E assim prosseguiu até 1997, quando por ideia de Bertrand Lira, um apaixonado pela história e arquitetura da cidade antiga, a diretoria decidiu se mudar de mala e cuia para o Centro Histórico, experimentando a rua Duque de Caxias nos dois primeiros anos e depois se instalando definitivamente na Praça Dom Adauto (Praça do Bispo), onde acontece a concentração de onde parte o arrasto até à praça Antenor Navarro na Cidade Baixa.



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