Política

Cabral é alvo da 13ª e da 14ª denúncias pela Lava Jato no Rio

OPERAÇÃO LAVA JATO


08/08/2017

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou à Justiça mais duas denúncias contra o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral a partir de investigações da Lava Jato. Cabral e mais 23 pessoas foram denunciados por crimes envolvendo a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor), investigados na Operação Ponto Final.

No total, o MPF-RJ já apresentou 14 denúncias contra Cabral, e há outra da força-tarefa de da Lava Jato em Curitiba. O ex-governador está preso desde o ano passado.

A investigação do MPF que levou à deflagração da Operação Ponto Final, em julho, indica que Sérgio Cabral recebeu cerca de R$ 122 milhões em propina por meio do operador e braço-direito Carlos Miranda – que também está preso.

O MPF denunciou que foram movimentados, no total, cerca de R$ 260 milhões em propinas em troca de benefícios às empresas de ônibus.
Ainda segundo a investigação, Rogério Onofre, ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do RJ (Detro), teria recebido mais de R$ 44 milhões; Lelis Marcos Teixeira, presidente da Fetranspor, pouco mais de R$ 1,57 milhão; José Carlos Reis Lavoura, conselheiro da Fetranspor, mais de R$ 40 milhões; e Jacob Barata Filho, empresário do setor de transportes, teria recebido R$ 23 milhões.

Esquema antigo
O esquema de corrupção envolvendo o transporte público rodoviário no Rio de Janeiro é um dos mais antigos no estado e continuou beneficiando o ex-governador Sérgio Cabral e a organização criminosa chefiada por ele mesmo após a saída do governo, segundo o procurador da República Eduardo El Hage.

De acordo com as investigações, valores desviados indevidamente eram encaminhados para Cabral como "prêmios" em troca de benefícios para as empresas de ônibus – como a concessão de reajustes nas tarifas.



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