Política

Bruno insiste em citar familiares de secretário em obra; Milanez vê absurdo

'PARQUE DA LAGOA'


07/06/2017

O vereador Bruno Farias, líder da oposição na Câmara Municipal de João Pessoa, citou mais uma vez os familiares do secretário de Infraestrutura da Prefeitura de João Pessoa, Cássio Andrade, em obra da Lagoa. Segundo a bancada, durante coletiva nesta quarta-feira (7), pessoas próximas ao secretário estariam interligadas a Prefeitura, a empresa Compec e a Caixa Econômica Federal.

“Estamos investigando. A esposa do secretário trabalha na Caixa Econômica, em um setor que agiliza a liberação de projetos, é fato que ela ocupa cargo na CEF na estrutura responsável pelos contratos entre Prefeituras e o Estado. Descobrimos também que uma cunhada de Cássio era ouvidora da Seinfra e um concunhado de Cássio Andrade e esposa da ouvidora era funcionário da Compec, investigada pela Polícia Federal na obra da Lagoa. Esse concunhado prestou serviço a Compec até dezembro de 2016 e agora foi nomeado no gabinete de Cássio. Quero dizer que existia uma relação intima, familiar entre essas pessoas. Mas se me perguntaram se tem alguma denúncia formal eu digo que não. Mas desconfio de tudo”, frisou Bruno.

De acordo com o vereador, a bancada da oposição vai enviar os documentos para a Polícia Federal e Ministério Público Federal, já que a CMJP não tem os mecanismos necessários para investigar.

Para Bruno, a constatação é que existiam pessoas estratégicas da PMJP ligadas a Caixa Econômica, a empresa Compec e na Seinfra. “Se haverá conexão de algum delito, só quem pode dizer é a PF e o MPF”, pontuou.

Citados pela oposição

Os citados pela oposição, além de Cássio Andrade, são: Luciana Andrade (esposa de Cássio) é gerente executiva da gestão de projetos governamentais da CEF, Marcos Santos Junior (concunhado de Cássio) era funcionário da Compec e hoje assessor de Cássio na Seinfra e Flaviana Maroja, ouvidora da Seinfra. A oposição quer convocar todos os citados para prestar informações na CMJP.

Bancada de situação – O vereador Lucas de Brito disse que não vê fato novo para a CPI e que a oposição quer palanque político. Ele afirmou que vai analisar o requerimento da bancada da oposição para depois se posicionar, mas como não vê novidades no caso, é contra a CPI. E considerou ainda que os órgãos competentes, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal cumprem o seu papel. 

Já o vereador Milanez Neto afirmou que a oposição quer fazer palanque eleitoral na CMJP. “Não existe nenhum fato novo. A Prefeitura de João Pessoa sequer é investigada pela PF".                      



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