Política

Bruno Farias repudia declarações de Ciro Gomes sobre Manoel Jr.; leia o texto


30/09/2015

O vereador de João Pessoa, Bruno Farias (PPS), indignou-se com as recentes declarações do ex-ministro Ciro Gomes (PSB), sobre o deputado federal Manoel Junior (PMDB), indicado para o cargo de ministro da Saúde. Na última segunda-feira (28), em entrevista ao Programa É Notícia da Rede TV, Ciro Gomes classificou o parlamentar federal como semianalfabeto, desqualificado e picareta.

Ele relatou em seu perfil no Facebook, na manhã desta quarta-feira (30), que nunca foi eleitor do deputado, mas, como paraibano se sentiu ofendido. “Repudio com veemência cada palavra desferida pelo Sr Ciro Gomes contra Manoel Junior, pois aquele ataque não atingiu apenas o deputado, mas, sim, todos nós, paraibanos, já que, embutida em cada crítica, eu percebi nitidamente o preconceito de Ciro Gomes contra os paraibanos de modo geral”.

Bruno Farias disse ainda que, “a Paraíba, Sr Ciro Gomes, orgulhosa de sua história de coragem e destemor e envaidecida pela trajetória fulgurante de seus filhos, foi ultrajada com esses insultos e impropérios. Mas, se um dia, lá atrás, na Revolução de 30, através da voz altiva do grande líder João Pessoa, a Paraíba disse o "NEGO" à política do Café com Leite, à política dos Governadores e ao Estado oligarca que predominava em nosso País, hoje, a Paraíba também se agiganta para "NEGAR" insultos contra seus filhos decentes, para repelir qualquer comentário eivado de preconceito que venha a diminuí-la e para exigir retratação quando ferida em seus brios e sua moral”, ressaltou.

Confira o texto na íntegra

Nunca fui eleitor do Deputado Federal Manoel Júnior, mas, como paraibano, eu me senti extremante ofendido com o destempero do Senhor Ciro Gomes, que, em entrevista concedida à Rede TV, classificou textualmente o nosso parlamentar federal como "semi-analfabeto", "picareta", "desqualificado" e insinuou maldosamente que se tratava de um bandido, que não aguenta 15 minutos de investigação da ABIN.

Ora, quem o Senhor Ciro Gomes pensa que é? A palmatória do mundo? Pensa que é o "Senhor da Razão", que pode, a seu bel prazer, a depender da variação de seu sempre oscilante humor, esculhambar as reputações alheias?
Dobre a língua, Dr Ciro Gomes, ao falar dos médicos da Paraíba.

Como tachar de analfabeto, alguém que, como Manoel Junior, é formado em Medicina pelo tradicional e conceituado curso de Ciências Médicas da UFPB, numa época em que só havia 02 vestibulares para o curso de Medicina em nosso Estado (ambos na UFPB, no campus de Campina Grande e no campus de João Pessoa).

Ao classificar o médico Manoel Junior como semianalfabeto, o "intelectual" Ciro Gomes (aquele mesmo que, num passado recente, chamou os brasileiros de otários, por pagarem ágio) fere toda a Academia (docentes e discentes) do Curso de Medicina da UFPB.

Com que autoridade, o Sr Ciro Gomes acusa o político Manoel Junior de picareta, desqualificado e insinua que se trata de um bandido, por querer fazer do Ministério da Saúde uma "moeda"?

O Senhor Ciro Gomes pode até desconhecer, mas, antes de reforçar a sua fama de boquirroto, verborrágico e descompensado, deveria ter, ao menos, a prudência de pesquisar sobre a história das vítimas de sua língua ferina e de sua instabilidade emocional.

O Sr Ciro Gomes pode até ignorar, mas o suposto "picareta", a que ele faz menção, trata-se de um agente político que já foi eleito por 02 vezes prefeito de sua cidade natal (Pedras de Fogo), presidente da Famup (órgão de representação dos municípios paraibanos), 02 vezes deputado estadual, vice-prefeito da cidade de João Pessoa e por 03 vezes consecutivas eleito deputado federal pelo povo do nosso Estado.

Pode-se até discordar de Manoel Junior, votar contra o deputado Manoel Junior, mas não se pode deixar de reconhecer que se trata de um homem público de ficha limpa e decente, já que, há quase 30 anos, milita na atividade política, sem que pese contra ele qualquer condenação (seja no TCE-PB, seja no TCU, seja na Justiça Estsdual, seja na Justiça Federal, seja na Justiça Eleitoral).

Não é possível que as instituições republicanas de controle da atividade política, social e administrativa estejam erradas e o "sempre equilibrado e ponderado" Ciro Gomes esteja certo.

À propósito, o político Ciro Gomes, que posa de moderno, contemporâneo e republicano, adota posturas políticas, no mínimo, passíveis de reflexão, pois não me parece tão republicano assim, que uma mesma família fique a se revezar no comando de uma cidade e de um Estado. Se esse revezamento político em Sobral, fosse em qualquer município da Paraíba, não tenho dúvidas de que Ciro "acunharia" adjetivos como política arcaica, patrimonialista, familiar, coronelista, em que os interesses particulares estão acima do coletivo.

Faça-me o favor, Dr Ciro Gomes, de olhar para a trave que está no seu olho, antes apontar o cisco que se encontra no olhar das pessoas que Vossa Senhoria ataca.

Quero, pois, registrar a minha solidariedade ao médico, deputado, mas, principalmente, ao cidadão Manoel Júnior, salientando que nunca nele votei, mas sempre (mesmo estando, na maioria das vezes, em campos políticos opostos) o respeitei como médico, agente político e cidadão.

Repudio com veemência cada palavra desferida pelo Sr Ciro Gomes contra Manoel Junior, pois aquele ataque não atingiu apenas o deputado, mas, sim, todos nós, paraibanos, já que, embutida em cada crítica, eu percebi nitidamente o preconceito de Ciro Gomes contra os paraibanos de modo geral.

A Paraíba, Sr Ciro Gomes, orgulhosa de sua história de coragem e destemor e envaidecida pela trajetória fulgurante de seus filhos, foi ultrajada com esses insultos e impropérios.

Mas, se um dia, lá atrás, na Revolução de 30, através da voz altiva do grande líder João Pessoa, a Paraíba disse o "NEGO" à política do Café com Leite, à política dos Governadores e ao Estado oligarca que predominava em nosso País, hoje, a Paraíba também se agiganta para "NEGAR" insultos contra seus filhos decentes, para repelir qualquer comentário eivado de preconceito que venha a diminuí-la e para exigir retratação quando ferida em seus brios e sua moral.



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