O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União Brasil), anunciou uma entrevista coletiva para esta quarta-feira (26), às 10h, na Secretaria Municipal de Saúde. A coletiva abordará a morte de Maria Danielle Cristina Morais Sousa, de 38 anos, que faleceu nesta terça após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, segundo informou a secretaria. Danielle perdeu o bebê, Davi Elô, durante o parto realizado no início de março no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA) e teve o útero retirado após complicações médicas.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito manifestou solidariedade à família da vítima e afirmou que acompanha pessoalmente o caso. “Quero começar prestando a minha solidariedade, prestando os meus sentimentos à família de Danielle, a Jorge, o marido dela, enfim, a todos os amigos, a família, por todas as provações, por toda essa dificuldade que eles têm vivido nos últimos dias”, declarou Bruno.

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A coletiva desta quarta-feira pretende esclarecer a situação médica que envolveu Danielle desde sua internação, no fim de fevereiro, até o seu falecimento. A Secretaria Municipal de Saúde informou que Danielle recebeu alta médica no domingo (23), após 12 dias internada no Hospital Municipal Pedro I, com quadro clínico considerado estável. Porém, horas após deixar o hospital, ela apresentou uma piora repentina, com forte dor de cabeça e desmaio, retornando à unidade hospitalar onde faleceu.

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) abriu, ainda em março, um procedimento investigativo preliminar para apurar possível negligência médica no atendimento prestado à Danielle e seu bebê no ISEA. Paralelamente, a Polícia Civil conduz investigações sob responsabilidade do delegado Rafael Pedrosa, aguardando resultados de laudos periciais e depoimentos de testemunhas para esclarecer as circunstâncias das mortes.

Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde já havia anunciado o afastamento dos profissionais envolvidos diretamente no atendimento durante o parto de Danielle e instaurou uma sindicância interna para investigar eventuais irregularidades na conduta médica.