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Brasil supera meta de Lula e deixa Mapa da Fome antes de 2026
Relatório da ONU confirma que o Brasil reduziu a subnutrição para menos de 2,5% da população. Governo celebrou a meta alcançada antes do previsto.
28/07/2025

(Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Portal WSCOM / Brasil 247
Pela segunda vez, o Brasil deixa o Mapa da Fome das Nações Unidas. O anúncio aconteceu durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares (UNDFSS+4), em Adis Abeba, na Etiópia, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), nesta segunda-feira (28). A informação é baseada nas médias trienais – 2022 a 2024 – e foi divulgada no Relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025 (SOFI 2025). De acordo com a FAO, o percentual da população brasileria sob risco de subnutrição diminuiu para menos de 2,5%.
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A conquista foi alcançada em tempo recorde. Em 2022, o Brasil enfrentava um cenário crítico de insegurança alimentar. Ainda assim, em apenas dois anos de governo, o país conseguiu reverter esse quadro, graças a uma combinação de políticas sociais, incentivo ao trabalho e valorização da agricultura familiar.
“Sair do Mapa da Fome era o objetivo primeiro do presidente Lula ao iniciar o seu mandato em janeiro de 2023. A meta era fazer isso até o fim de 2026”, relembrou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. “Mostramos que, com o Plano Brasil Sem Fome, muito trabalho duro e políticas públicas robustas, foi possível alcançar esse objetivo em apenas dois anos. Não há soberania sem justiça alimentar. E não há justiça social sem democracia.”
Avanços no combate à pobreza – Segundo dados do IBGE e do Ministério do Desenvolvimento Social, entre 2022 e 2024, cerca de 24 milhões de brasileiros saíram da insegurança alimentar grave. Em paralelo, a pobreza extrema foi reduzida a 4,4% em 2023, o menor índice da série histórica, tirando quase 10 milhões de pessoas dessa condição desde 2021.
O bom desempenho econômico também contribuiu para os resultados. Em 2024, o Brasil alcançou a menor taxa de desemprego desde 2012 (6,6%) e bateu recordes de renda domiciliar per capita, que chegou a R$ 2.020. A desigualdade também recuou: o índice de Gini caiu para 0,506, impulsionado pelo crescimento de 10,7% na renda do trabalho dos 10% mais pobres — um ritmo 50% superior ao dos mais ricos.
Boa parte dessa transformação tem origem no fortalecimento dos programas sociais. Segundo o Caged, 98,8% das 1,7 milhão de vagas com carteira assinada criadas em 2024 foram ocupadas por pessoas registradas no Cadastro Único, sendo que 1,27 milhão eram beneficiárias do Bolsa Família. Com o aumento da renda, cerca de um milhão de famílias deixaram de receber o benefício em julho de 2025.
De acordo com Wellington Dias, o sucesso do combate à fome está diretamente ligado à articulação de políticas complementares: “Essa vitória é fruto de políticas públicas eficazes, como o Plano Brasil Sem Fome, que engloba o Bolsa Família, o Programa de Aquisição de Alimentos, o Programa Cozinha Solidária, a valorização do salário mínimo, o crédito para a agricultura familiar, o incentivo à qualificação profissional, ao emprego e ao empreendedorismo, além do fortalecimento da alimentação escolar.”
O feito de 2025 marca a segunda vez que o Brasil sai do Mapa da Fome sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — a primeira foi em 2014. O retorno ao mapa ocorreu a partir do triênio 2018-2020, após o desmonte de diversas políticas sociais.
Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza – Durante sua presidência no G20 em 2024, o Brasil propôs a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que já reúne mais de 100 países, além de fundações, organizações e instituições financeiras internacionais. A meta da Aliança é contribuir para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030, especialmente os que tratam da erradicação da fome e da pobreza.
“O exemplo brasileiro pode ser adaptado em muitos países ao redor do globo. No Brasil, sair do Mapa da Fome é só o começo. Queremos justiça alimentar, soberania e bem-estar para todos”, afirmou Wellington Dias.
O ministro também destacou que, ao unir políticas públicas eficazes com esforços internacionais, o Brasil reafirma seu compromisso com a Agenda 2030 da ONU, buscando a construção de um mundo mais justo, igualitário e livre da fome.
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