Economia
Brasil reforça competitividade no mercado chinês em meio a tensões comerciais EUA-China
14/05/2025

Reprodução/ Gazeta
Portal WSCOM / Paulo Nascimento
Durante sua visita oficial à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a confiança do Brasil em competir com os Estados Unidos no mercado chinês, tanto em quantidade quanto em qualidade de produtos. Em resposta a um acordo entre Washington e Pequim que poderia favorecer a entrada de produtos agrícolas norte-americanos na China, Lula afirmou que o Brasil não está preocupado e que vê a concorrência como benéfica para o comércio global.
A visita resultou em diversos acordos comerciais entre Brasil e China. Um dos destaques foi a autorização para exportação de grãos secos de destilaria (DDGs), subproduto do etanol usado na alimentação animal. Esse mercado, anteriormente dominado pelos EUA com 99,6% das exportações para a China em 2024, avaliado em US$65,7 milhões, agora se abre para o Brasil.
Além disso, protocolos foram assinados para exportação de carne de frango, carne suína e produtos pesqueiros brasileiros para a China. Esses acordos visam aproveitar o espaço deixado pelos produtos norte-americanos devido às tarifas impostas por Washington e às retaliações chinesas, que tornaram as exportações dos EUA menos competitivas.
Siga o canal do WSCOM no Whatsapp
Lula também enfatizou que o Brasil não teme retaliações dos EUA por estreitar laços com a China. Ele ressaltou que o país tomará decisões soberanas em benefício próprio, independentemente das políticas adotadas por outras nações.
A visita à China reforça a estratégia do Brasil de diversificar seus parceiros comerciais e fortalecer sua presença no mercado asiático, especialmente em setores como o agronegócio, onde o país possui vantagens competitivas significativas.
Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.