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Brasil reencontra Espanha dois anos após duelo polêmico em Londres

no Basquete


01/09/2014

{arquivo}O duelo desta segunda-feira entre Brasil e Espanha pela Copa do Mundo de basquete marcará o reencontro das equipes depois do polêmico jogo de 2012 nas Olimpíadas de Londres. Na ocasião, os times fechavam a fase classificatória e quem vencesse ficaria com a segunda posição no grupo, entrando na rota dos EUA em um semifinal. Quem perdesse só cruzaria com a melhor seleção do mundo na final. 

Encerrado o terceiro quarto, os europeus venciam por 66 a 57, mas, no último, nada deu certo. A bola não caía e a defesa não funcionava. O time canarinho cresceu e virou (88 a 82). O Brasil foi às quartas enfrentar (e perder) a Argentina, com o ganhador avançando para o possível encontro com os americanos. Já os espanhóis foram para o outro lado da chave, venceram suas duas partidas seguintes e chegaram à decisão, justamente, contra os reis da modalidade, que ficaram com o título. O SporTV transmite o jogão, às 17h (Brasília), no Palacio de Deportes de Granada, enquanto o GloboEsporte.com faz sua cobertura em Tempo Real.

A atuação da Espanha nos 10 minutos finais levantou a dúvida se a partida teria sido entregue e o assunto tomou conta da imprensa mundial. Até hoje, muitos não digeririam o que aconteceu naquele dia. Entre eles, o técnico Rubén Magnano, que, mesmo enaltecendo a atitude de seus atletas, deixou clara sua insatisfação sem ser explícito.

– A verdade é que esse jogo não merece comentários de basquete. Não vou fazer comentário desse jogo para nada. É claro que teve coisa que me desagradou, mas não acreditar no resultado, é não acreditar nos meus jogadores – criticou Magnano de forma velada.

Há dez anos na liga espanhola de basquete e companheiro de alguns espanhóis que atuaram naquele duelo, Marcelinho Huertas pediu para não falar sobre o tema.

Mais experiente do time e "viciado" em vencer, Marcelinho Machado, de 39 anos, não chega a acreditar 100% na inocência dos europeus, mas diz que não consegue ver uma equipe tão vitoriosa entregando um resultado.

– Como esportista, prefiro acreditar que não teve nada disso. A Espanha, sendo a seleção que é, não faria uma coisa dessas, pois não precisa disso, basta ver seus últimos resultados. Mas acredito que amanhã (hoje) não vá ter dúvida nenhuma em relação a isso – opinou o ala.

Anderson Varejão lembra-se de detalhes daquele jogo e conta que, se teve algo forçado, foi muito bem feito.
– Eu acredito no trabalho que a gente fez naquele jogo, nós fomos para cima deles para ganhar e conseguimos. A gente estava tomando porrada dentro do garrafão, não estava tendo bandeja fácil, sem marcação. Se fingiram, fingiram bem. Mas não temos que pensar nisso, temos que entrar e ir para cima deles – relembrou o pivô.

ESPANHOL FALA COM DESCONFIANÇA DA AUSÊNCIA DE NENÊ
Na coletiva de imprensa minutos depois da vitória sobre o Egito por 91 a 54, o técnico espanhol Juan Orenga, questionado pela reportagem do GloboEsporte.com de como se sentia com essa desconfiança, inverteu a dúvida ao lembrar da ausência de Nenê, fora do embate, com um problema na planta do pé.

– Nós sempre tentamos ganhar todos os jogos que jogamos, tentamos ganhar aquele jogo com todos os nossos jogadores, mas, se eu tiver com uma boa memória, acho que o Nenê Hilário não jogou, e ele é um jogador muito importante. Então, pra mim, isso é tudo – respondeu o treinador.

Ao abordar o Brasil como adversário, Orenga elogiou o crescimento coletivo do time de Magnano e demonstrou respeito através de palavras comedidas.

– Nós respeitamos como eles jogam, têm grandes homens, três jogadores muito bons no garrafão, dois armadores muito bons. (Raulzinho) Neto vem fazendo um grande campeonato, os alas são muito experientes, mas o mais importante neste momento sobre o Brasil é que eles estão jogando como um time. Anos atrás, jogavam mais individualmente e, agora, jogam como um time e se sentem como um time. Isso faz deles um rival difícil de vencer – completou.



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