Economia & Negócios

Brasil fica em 4º lugar em ingresso de investimento estrangeiro em 2012

Atração


26/06/2013



 Entre os países que mais receberam fluxos de Investimento Estrangeiro (IED) em 2012, o Brasil subiu da quinta posição em 2011 para a quarta em 2012, com um volume total de US$ 65,3 bilhões, segundo relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), divulgado nesta quarta-feira (26) no país pela Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet).

O país foi superado apenas por Estados Unidos, que receberam US$ 168 bilhões, China (US$ 121 bilhões) e Hong Kong (US$ 75 bilhões).

No grupo das dez economias que mais receberam IED, figuram também Ilhas Virgens, Reino Unido, Austrália, Cingapura, Rússia e Canadá.

Apesar da melhora de posições do Brasil, o fluxo de IED para o Brasil caiu 2% no ano passado, quando foi registrado o ingresso de US$ 66,6 bilhões. A participação do país no volume movimentado no mundo entretanto, passou de 4% para 4,8% em 2012.

No documento, o órgão da ONU destaca que, depois de três anos de recuperação, o fluxo total de investimento produtivo no mundo caiu 18%, para US$ 1,351 trilhão, ante um valor de US$ 1,652 trilhão registrado em 2011.
"Novas medidas foram adotadas no Brasil em 2012 no contexto de sua política para a indústria, a tecnologia e o comércio internacional inaugurada em 2011. A política inclui uma mistura de incentivos fiscais, empréstimos a taxas preferenciais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e alívio tributário. Em particular, um novo regime (Inovar-Auto) foi aprovado para encorajar investimentos na eficiência dos veículos, na produção nacional, em pesquisa e desenvolvimento e na tecnologia automotiva", cita o relatório.

 

Em 2012, pela primeira vez na história, os países em desenvolvimento absorveram mais Investimento Estrangeiro Direto (IED) do que as economias desenvolvidas, apontou a Unctad. Juntos, os países em desenvolvimento atraíram com 52% do fluxo total de IED no ano passado.

Apesar disso, o fluxo de IED em direção aos países emergentes recuou 4% no ano passado, somando US$ 703 bilhões. O fluxo de entrada de IED nas economias desenvolvidas, por sua vez, caiu 32%, para US$ 561 bilhões, nível que não era visto há quase dez anos, aponta o relatório.

Os BRICs seguem como destino cada vez mais preferencial deinvestimentos. Segundo o relatório, a participação destes nos fluxos globais de IDE passou para 19,5% em 2012, ante 10% em 2007.

"A perspectiva econômica incerta levou as corporações transnacionais a manter sua postura de esperar para ver no que concerne aos novos investimentos ou a se desfazer de ativos, em vez de se engajar em uma grande expansão internacional", diz o relatório, destaca o Valor Online.

Em seu ‘Relatório de Investimento Mundial de 2013 – cadeias de valor global: investimento e comércio para o desenvolvimento’, divulgado hoje, o órgão da ONU prevê também que o fluxo de IED em 2013 continuará perto do nível de 2012, podendo chegar a US$ 1,45 trilhão.

 



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