Economia & Negócios
Bovespa fecha em queda e tem perda de 10% no mês
PERDA DE 10%
31/05/2016
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou o último pregão do mês em queda, puxada pelo recuo nas ações do Bradesco, acumulando perda de mais de 10% no mês.
O Ibovespa, principal indicador da bolsa, recuou 1,01%, aos 48.471 pontos. Trata-se do menor patamar desde 6 de abril. Veja a cotação da bolsa hoje. No mês de maio, a bolsa acumulou queda de 10,09% – primeiro resultado mensal negativo desde janeiro e o pior resultado mensal desde setembro de 2014, segundo a Reuters.
No ano, porém, o Ibovespa tem alta de 11,82%.
Já o dólar fechou a R$ 3,6123, acumulando valorização de 5% no mês.
Bradesco cai mais de 4%
Os papéis do Bradesco lideravam a queda entre as ações do Ibovespa, recuando 4,83% nas prefenciais, segundo dados preliminares. O mercado reagiu à notícia de que o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco, foi indiciado na Operação Zelotes pelos crimes de tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Já as ações da Petrobras fecharam em queda de cerca de 3%.
Cenário político e externo
O viés negativo foi endossado pela piora das bolsas em Wall Street e o enfraquecimento do petróleo, além da manutenção dos ruídos políticos no Brasil e da revisão do índice global MSCI.
Do cenário doméstico, a saída de mais um ministro do governo de Michel Temer, além de outros ruídos, adicionava alguma pressão e favorecia a parcela mais pragmática no mercado quanto à aplicação de medidas fiscais mais duras, segundo a Reuters, embora também exista avaliações de que é cedo para uma conclusão sobre a questão.
Muitos veem que a articulação política para a implementação de medidas mais polêmicas pode ser enfraquecida nesse cenário e, assim, alguns agentes financeiros citam como novo e relevante teste a votação da Desvinculação de Receitas da União (DRU).
Para o administrador de investimentos Fabio Colombo, a Bovespa foi impactada no mês de maio pelo problemas políticos enfrentados pelo governo Temer "em relação a nova presidência da Câmara de Deputados e a liderança do governo" e pelas "novas denuncias da operação Lava Jato, atingindo, diretamente, o novo ministério".
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