Futebol

Botafogo-PB acusa MPPB de ‘parcialidade’ e dispara contra promotor: “Admirador de Campina Grande”


30/03/2018

A diretoria do Botafogo-PB se posicionou contra a decisão da Comissão de Prevenção e Combate à Violência nos Estádios, após a determinação de que o  segundo jogo entre o Treze e o Botafogo pela semifinal do Campeonato Paraibano terá apenas a torcida do time mandante.

O time pessoense declarou que o Ministério Público da Paraíba foi parcial na tomada de decisão, e apontou possível favorecimento do promotor Valberto Lira ao time de Campina Grande.

Leia a nota:

‘O Botafogo Futebol Clube vem a público externar sua indignação pela parcialidade da vigilância do Ministério Público da Paraíba, mais especificamente, do coordenador Núcleo do Desporto e Defesa do Torcedor (Nudetor), Valberto Cosme de Lira, que decidiu pela recomendação da proibição da torcida do Botafogo no estádio Amigão na partida contra o Treze Futebol Clube de Campina Grande no próximo domingo (1º).

O Botafogo Futebol Clube entende que são necessárias ações preventivas e combativas à violência nos estádios paraibanos, mas não concorda com a visão enviesada do Nudetor que não considera eventos de piores proporções em outras partidas realizadas na Paraíba, inclusive em competições CBF e amplamente divulgados na imprensa esportiva. Tais como:

1. Confronto entre torcidas na partida entre Nacional de Patos e Atlético de Cajazeiras pela 6ª rodada da fase de classificação do Campeonato Paraibano no dia 4 de fevereiro de 2018 no estádio José Cavalcanti. A partida foi manchada ainda por arremesso de objetos dentro do campo. Nada foi feito pelo Nudetor.

2. Princípio de tumulto entre torcedores na partida entre Sousa e Atlético de Cajazeiras, pela 3ª rodada da fase classificação do Campeonato Paraibano no dia 22 de janeiro de 2018 no estádio Marizão. Um radialista inclusive chegou a entrar no gramado com um animal para provocar a torcida adversária. Nada foi feito pelo Nudetor.

3. Correria e confronto de torcedores do Treze de Campina Grande na partida contra o Figueirense no estádio Amigão pela primeira fase da Copa do Brasil no dia 31 de janeiro de 2018. Um jogo de caráter nacional, competição nível CBF, a segurança nos estádios paraibanos sendo vilipendiada para todo Brasil. Inércia absoluta do Nudetor.

Vale destacar também que o clima de tensão e insegurança envolvendo membros de torcidas organizadas dos clubes de Campina Grande vem provocando mortes na ruas da cidade do Agreste paraibano ano após anos e em nenhum momento o Nudetor militou tão incisivamente para que os jogos entres os clubes daquela cidade fossem para apenas uma única torcida,

Ainda que tenha sido registrado um princípio de tumulto na partida do domingo passado (25) por parte da nossa torcida, os torcedores do adversário promoveram atos de selvageria, quebrando os banheiros do estádio Almeidão, depredando o patrimônio público e onerando o estado. A violência da torcida do Treze Futebol Clube, inclusive, foi registrado pelo administrador do estádio nas autoridades policiais em um boletim de ocorrência.

Embora gravíssimo e dispendioso ao erário público, o crime cometido pela torcida do adversário passou despercebido pelo senhor promotor Valberto Cosme Lira, admirador assumido do futebol de Campina Grande. Ainda levando em consideração a recomendação do Nudetor, prontamente acatada pela Federação Paraibana de Futebol (FPF), em ato de subserviência acachapante, o Botafogo entende que tal medida não só é desproporcional, como não é isonômica.

Primeiro porque existe tempo hábil e condições estruturais para uma organização e ordenamento da segurança dos torcedores das duas agremiações na partida do próximo domingo por parte da Polícia Militar. Segundo, porque o adversário exerceu seu direito de levar os torcedores para o primeiro jogo da semifinal, fato que torna a proibição à torcida botafoguense no segundo jogo irreparavelmente danosa e injusta.

O Botafogo Futebol Clube reitera que é totalmente a favor dos esforços do Nudetor e da FPF em combater com rigor a violência nos estádios, tanto que por iniciativa própria promoveu no dia 14 março de 2018 uma reunião entre representantes de torcidas organizadas e a Polícia Militar para estreitar os laços e favorecer o diálogo ao invés da repressão. Toda medida preventiva é louvável, mas o Botafogo Futebol Clube entende que tal medida tomada por conveniência pelo Nudetor é prejudicial ao espetáculo, além de ser antidemocrática, irreparável, desproporcional e arbitrária.

A Diretoria.’


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