Política

Bolsonaro irá comemorar mil dias de governo com inaugurações na Bahia, nesta terça-feira

Com rejeição alta e em meio a crises sanitária, econômica e hídrica, as celebrações de mil dias do governo ocorrem em meio a uma acentuada queda na popularidade de Bolsonaro


27/09/2021

(Foto: reprodução)

Da redação/Portal WSCOM

A primeira agenda em comemoração aos mil dias do governo que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pretende cumprir é a inauguração de um trecho de 10 quilômetros de asfalto em estradas da Bahia nesta terça-feira (28). A viagem não consta na agenda oficial do presidente, mas seu nome é mencionado em um release divulgado pela assessoria do Ministério da Cidadania. Cotado como candidato ao Palácio de Ondina em 2022, o titular da pasta, João Roma (Republicanos), estará na cerimônia, prevista para começar às 10h30, no município de Teixeira de Freitas.

Bolsonaro foi liberado após o anúncio de que seu teste de Covid deu negativo. Isolado politicamente, ele aposta nesta semana em viagens pelo país numa tentativa de  aumentar sua popularidade para tentar a reeleição no ano que vem.

Após voltar de viagem a Nova York, nos Estados Unidos, por ocasião da Assembleia-Geral das Nações Unidas, o presidente estava em isolamento em Brasília. Diante da suspeita de que estivesse infectado com o novo coronavírus, seu retorno ao trabalho presencial estava em xeque até então.

10km de asfalto

A previsão é a entrega de 5,4 km de duplicação da BR 116 e mais 5 km da BR-101, em Teixeira de Freitas. Na quarta-feira (29), às 8h, está prevista a participação dele em uma cerimônia de assinatura do contrato de concessão dos aeroportos do Bloco Norte, em Boa Vista. Na quinta, será a vez de Belo Horizonte, onde Bolsonaro visitará uma estação de metrô acompanhado do ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

O último dia de evento será dividido em duas regiões. Visitará Anápolis, para a assinatura do contrato de concessão da BR-153, BR-080 e BR-414, e também Maringá, numa cerimônia de inauguração das obras de ampliação da área operacional do Aeroporto Regional de Maringá.

Mil dias com crises e impopularidade

Com rejeição alta e em meio a crises sanitária, econômica e hídrica, as celebrações de mil dias do governo ocorrem em meio a uma acentuada queda na popularidade de Bolsonaro e diante a um cenário pós-manifestações pautadas por ameaças antidemocráticas. A estratégia do governo é usar a data comemorativa para tentar alavancar a popularidade do presidente. Por isso, o Nordeste foi o primeiro estado escolhido, seguido do Norte. Nas eleições de 2018, Bolsonaro foi derrotado em todos os nove estados do Nordeste. O petista Fernando Haddad venceu oito estados e Ciro Gomes (PDT) venceu no Ceará.

Na última sexta-feira (25), o deputado federal Eduardo Bolsonaro confirmou que foi diagnosticado com Covid-19. O filho do presidente estava na missão oficial em Nova York, onde o presidente discursou na Assembleia-Geral da ONU. Ele foi o terceiro da comitiva diagnosticado com a doença. O primeiro foi um diplomata lotado no Palácio do Planalto, que chegou antes do grupo a Nova York, e o segundo foi o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Cerca de 50 pessoas que participaram da viagem aos Estados Unidos também estão em isolamento por determinação da Anvisa.

Além de Eduardo, Queiroga e do diplomata, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o advogado-geral da União, Bruno Bianco Leal, também testaram positivo para o coronavírus. Eles não estiveram na comitiva em Nova York e estão em quarentena de 14 dias.



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